Política
Operação Mensageiro: prefeito de Tubarão deixará presídio
Joares Ponticelle foi preso no dia 14 de fevereiro, na terceira fase da Operação
O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelle (PP), teve o pedido de liberdade aceito pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), nesta quinta-feira (29). Ele será solto mediante o uso de tornozeleira eletrônica por monitoramento durante 180 dias.
Ponticelle foi preso no dia 14 de fevereiro, na terceira fase da Operação Mensageiro. Conforme o site de notícias ND, em seu despacho, a desembargadora Cinthia Beatriz Da Silva Bittencourt Schaefer afirmou que o processo de Tubarão é um dos mais adiantados e que o prefeito cooperou, “sem qualquer atitude comissiva ou omissiva para atrapalhar o andamento dos autos”.
A investigação da Operação Mensageiro está relacionada à suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Desde a primeira fase, em dezembro, 16 prefeitos foram detidos.
O vice-prefeito de Tubarão, Caio César Tokarski, segue preso. Darlan Mendes da Silva, que ocupava o cargo de gerente de gestão municipal de Tubarão, teve o pedido de liberdade aceito nos mesmos moldes de Ponticelli. No entanto, ele continua preso em um processo da Operação Mensageiro que foi enviado à primeira instância na comarca de Armazém.
O prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), também solicitou a revogação da prisão preventiva, mas o pedido foi negado. Ele foi preso na segunda fase da Operação Mensageiro, em fevereiro de 2023. Ficou detido por duas semanas em Itajaí, mas atualmente está em prisão domiciliar, após a Justiça aceitar um pedido da defesa.
Também apelou pela revogação da prisão o ex-secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente de Lages, Eroni Delfes Rodrigues.
O pedido foi negado. Já o ex-secretário de Administração e Fazenda do município, Antônio Cesar Alves de Arruda, de 68 anos, teve a prisão preventiva revogada e foi solto com tornozeleira por monitoramento, sob a condição de não se encontrar com outros membros do processo. Ele também está proibido de ir à prefeitura de Lages e deixar a cidade.
A sessão da 5ª Câmara Criminal do TJSC também avaliou os apelos de Osni Decker, ex-diretor da Águas de Guaramirim, que seguirá preso.
Deflagrada em 6 de dezembro de 2022, a operação Mensageiro já teve quatro fases. Na primeira, quatro prefeitos foram presos, um deles durante uma viagem oficial em Brasília. Na segunda etapa, em 2 de fevereiro, dois prefeitos também foram detidos. Na terceira fase, o prefeito de Tubarão foi detido junto com o vice. Na quarta etapa, foram presos oito prefeitos.
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começou há um ano e meio, após denúncias, acompanhamento de entregas de dinheiro e rastreamento de celulares.
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