Saúde
Secretaria intensifica período de imunização contra o sarampo
Durante 18 a 29 de novembro as 22 Unidades de Saúde com salas de vacinação estarão abertas das 7h30 às 16 horas para aplicação tríplice viral
A Secretaria Municipal de Saúde prepara a segunda fase da campanha de vacinação contra o sarampo. No público-alvo, constam adultos e jovens não vacinados entre 20 e 29 anos de idade. Durante 18 a 29 de novembro as 22 Unidades de Saúde com salas de vacinação estarão abertas das 7h30 às 16 horas para aplicação tríplice viral*. Em 30 de novembro (sábado dia "D"), todas as Unidades com sala de vacinas estarão abertas das 8 às 17 horas para imunização. Neste ano, foram registrados, até o momento, 33 casos suspeitos e nove confirmados em Jaraguá do Sul. Dados do IBGE apontam que a cidade conta com cerca de 30 mil pessoas entre 20 e 29 anos, justamente as que integram a maioria dos casos confirmados da doença na cidade, segundo o gerente da Vigilância Epidemiológica, Geovani Carvalho Lombardi (na foto abaixo, à esquerda).
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Dalton Fernando Fischer, a Vigilância Epidemiológica do Estado considera a situação atual como um surto da doença. O Estado tem confirmados 59 casos, de acordo com o Boletim Epidemiológico de 4 de novembro. A situação é preocupante, uma vez que a circulação endêmica do vírus foi interrompida no Estado em 2000. Desde então, registraram-se casos esporádicos e importados em 2001 (1 caso), 2003 (2 casos), 2005 ( 4 casos) e, em 2013 (1 caso), todos relacionados com histórico de viagens internacionais que trouxeram o vírus do genótipo D8, circulante do continente Europeu. Os últimos óbitos registrados no Estado ocorreram em 1992. No Brasil, o sarampo é uma doença de notificação compulsória devendo ser notificada às secretarias de saúde em até 24 horas.
Para a gerente de Vigilância Epidemiológica, Fabiane da Silva Ananias (na foto abaixo, no centro), há a necessidade de que as pessoas se conscientizem sobre a importância da imunização. “Trata-se de uma doença que estava eliminada e que ressurgiu. O maior problema é a sua facilidade de transmissão, por via respiratória, e a imunização é a única maneira de controlar o vírus”, pondera. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que em 2019, até o início de novembro, foram aplicadas 17.946 doses de vacinas.
A supervisora de imunização, Ana Cristina Machado Kneipp (na foto, à direita), explica que uma pessoa contaminada transmite o vírus para cerca de 12 a 18 pessoas, mesmo antes de saber que está doente. O sarampo é transmitido seis dias antes e quatro dias após o aparecimento do exantema (manchas vermelhas), sendo o maior risco dois dias antes e dois dias após o início do exantema. Entre os sintomas do sarampo constam febre alta, tosse, coriza, olhos avermelhados e manchas vermelhas pelo corpo. A evolução da doença pode causar complicações como pneumonia, encefalite e, em casos mais graves, à morte. Pessoas com os sintomas descritos devem procurar uma Unidade de Saúde para avaliação clínica e evitar os locais com grande circulação de pessoas. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Por ser altamente contagioso é necessária uma elevada cobertura vacinal para que a circulação do vírus seja interrompida.
* A tríplice viral é a maneira mais eficaz de prevenção contra o sarampo, além de proteger também contra rubéola e caxumba. O Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação de rotina com uma dose da vacina aos 12 meses e reforço aos 15 meses; duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade e uma dose para a população de 30 a 49 anos; além da dose zero para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. As vacinas disponíveis são eficazes e capazes de induzir proteção para todos os genótipos virais circulantes no mundo.
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