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Saúde

Guaramirim registra aumento de 251% nos focos de Aedes aegypti em 2023

Como fevereiro ainda está em andamento, os números podem ser ainda mais preocupantes

20 Fev 2023 - 12h00Por Janici Demetrio
Guaramirim registra aumento de 251% nos focos de Aedes aegypti em 2023 - Crédito: Divulgação Prefeitura de Guaramirim Crédito: Divulgação Prefeitura de Guaramirim

A Secretaria de Saúde de Guaramirim está em alerta devido ao aumento de focos do mosquito Aedes aegypti no município. Somente até esta quarta-feira (15), em 2023 foram registrados 83 criadouros do mosquito, um crescimento de 251% comparado aos meses de janeiro e fevereiro do ano passado. Há uma grande preocupação também com relação à localização dos focos, já que o bairro Avaí, que até então não havia registrado índices relevantes, agora está em área de monitoramento com grande possibilidade de infestação. Para conter a proliferação do mosquito, a Prefeitura intensificou a fiscalização.

O Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Deretti, explica que o trabalho está sendo desenvolvido especialmente nos bairros com maior notificação de potenciais focos.

“Nossos agentes visitam as residências para fazer, além de um trabalho orientativo e de conscientização, também uma vistoria nos terrenos baldios, pátios, quintais e jardins, para verificar se há objetos e materiais que possam ser focos do mosquito da dengue. Os agentes de endemia também orientam nossa população sobre o descarte e acondicionamento correto destes materiais”, afirmou.

A Prefeitura faz um apelo à população para que permitam aos agentes de endemia realizarem a vistoria nos imóveis. Os agentes são identificados com colete, crachá e bolsa da Diretoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Guaramirim. Cleusa Alperstedt, 56 anos, recebeu nesta semana a visita dos profissionais. Ela mora há 31 anos no bairro Amizade e aconselha aos moradores a atenderem os agentes.

“A gente tem que receber, né, porque às vezes a gente não vê que tem o bichinho, aí vocês encontram pra evitar mais doenças por aí. Tem que receber de bom coração”, disse. 

Além do Avaí, os bairros Centro e Imigrantes também estão em monitoramento pela possibilidade de infestação. O bairro Nova Esperança já é oficialmente denominado infestado. Nos últimos cinco anos, o aumento no número de focos foi exponencial. Em 2018, Guaramirim registrou 8 focos do mosquito Aedes aegypti. Em 2019, foram 15. Em 2020, 45 criadouros, e em 2021, 118 focos foram encontrados no município. O maior salto se deu em 2022, quando a Vigilância em Saúde localizou 195 pontos com larvas do mosquito transmissor da dengue.

A Prefeitura reforça a importância de que toda a população ajude no combate ao mosquito da dengue. As medidas de controle da proliferação são simples e individuais. Confira as orientações do Ministério da Saúde para eliminar os principais tipos de criadouro do mosquito:

* Certificar que caixas d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados.

* Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas.

* Guardar pneus em locais cobertos.

* Guardar garrafas com a boca virada para baixo.

* Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água.

* Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras.

* Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.

* Jogar as larvas na terra ou no chão seco.

* Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida.

* Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal.

* Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias.

* Guardar baldes com a boca virada para baixo.

* Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos.

* Manter limpas as piscinas.

* Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos

* Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

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