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Saúde

Gripe aviária: SC registra primeira morte de mamífero em decorrência da doença

Já são 19 casos confirmados no estado; apesar do número, produção comercial de aves não foi afetada

27 Out 2023 - 10h49Por Janici Demetrio
Gripe aviária: SC registra primeira morte de mamífero em decorrência da doença - Crédito: Reprodução / Diário da Jaraguá Crédito: Reprodução / Diário da Jaraguá

Santa Catarina confirmou a primeira morte por gripe aviária em mamífero, um leão-marinho, em Garopaba, no sul do estado. Com este registro, o número de casos da doença no estado passou para 19, o que representa 14% dos detectados no Brasil. 

O animal foi encontrado em uma praia da cidade no dia 18 de outubro pelo Projeto de Monitoramento de Praias, que acionou a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Estadual (Cidasc), órgão responsável por executar ações de sanidade animal e vegetal em Santa Catarina.

Apesar dos casos no estado, a presidente da Cidasc informou que não há influência deles nas aves de produção comercial.

"É importante frisar que, não tendo ocorrido nenhum caso de influenza aviária de alta patogenicidade em aves de produção comercial em Santa Catarina, o estado de Santa Catarina se mantém habilitado para a exportação e comercialização livre com todos os países do mundo, que, no caso de Santa Catarina, passam de 150", declarou.

Antes do registro deste mamífero, Santa Catarina só havia confirmado casos em pássaros silvestres. O caso mais recente de gripe aviária em uma ave silvestre ocorreu com um atobá-pardo, encontrado morto em Itapoá, no Litoral Norte, na última quarta-feira. Neste momento, há uma investigação ocorrendo no estado (com amostra ainda sem resultado conclusivo), de uma ave da espécie rolinha-roxa, encontrada em Florianópolis. Desde maio, quando foi confirmado o primeiro caso no Brasil, o país contabilizou 135 casos de gripe aviária.

Orientações

A Cidasc divulgou orientações sobre como as pessoas devem proceder ao encontrar animais marinhos:

•    evite contato direto com animais marinhos, principalmente lobos e leões-marinhos
•    ao encontrar esses animais feridos ou descansando nos costões ou praias, não se aproxime
•    se o animal estiver morto, avise a Cidasc pelo telefone 0800-644-9300 ou chame a Polícia Ambiental


Emergência zoossanitária

Em 20 de julho, o governo de Santa Catarina declarou estado de emergência zoossanitária no estado por causa da gripe aviária. O decreto vale por 180 dias. O governo do estado esclareceu que o documento acompanha uma ação nacional.

O estado de emergência zoossanitária foi declarado por causa da detecção do vírus da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves em Santa Catarina, conforme escrito no Diário Oficial.

Quais os riscos?

Em nota, a ABPA, a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC) informaram que todos os protocolos de biosseguridade seguem elevados e que tem apoiado o trabalho do Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com a Secretaria de Agricultura da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, no monitoramento dos casos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que cozinhar frango a 70ºC ou mais, sem deixar partes cruas ou vermelhas, é uma medida segura para matar o vírus H5N1.

A Organização Mundial da Saúde esclareceu que a forma mais comum de o vírus entrar em algum território é através de aves selvagens migratórias. Para a transmissão entre aves e humanos, é preciso contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminadas com fezes.

A manipulação de carcaças contaminadas e a preparação da carne para o consumo, especialmente em situações domésticas, também pode ser um risco.

Com informações Joana Caldas, g1 SC e NSC TV

Texto Rafaella Klebber com supervisão de Janici Demetrio

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