Política
Lunelli coloca em pauta na Alesc prevenção a desastres climáticos
Parlamentar reconhece que, tratando-se da natureza, nem tudo é evitável e ressalta que algumas ações do ser humano ajudam a potencializar os efeitos catastróficos
Se em 2023 um dos assuntos que mais preocuparam Santa Catarina foram as enchentes históricas que assolaram o Estado, o novo ano não começou muito diferente.
No último dia 28 o impacto das chuvas voltou a causar estragos em municípios catarinenses. Em Jaraguá do Sul, ruas viraram riachos, pessoas perderam seus bens e viveram momentos de pânico. Como já chovia há dias na cidade, o temporal - concentrado em alguns bairros -, fez com que muita água descesse dos morros. O governador Jorginho Mello visitou o município na segunda-feira (29).
No ano passado, a chuva também fez parte da rotina dos catarinenses. Até novembro, segundo dados da Epagri/Ciram, foram registrados apenas 48 dias sem chuva em todo o Estado. Em outubro, choveu 725,4 milímetros em Mirim Doce e 646,8 milímetros em Taió. Rio do Sul, também no Vale do Itajaí, sofreu com seis alagamentos em poucas semanas. Santa Catarina chegou a ter 149 municípios em situação de emergência neste período.
Com todos esses episódios, a pauta sobre prevenção a desastres climáticos ganha ainda mais relevância. Para o deputado estadual Antídio Lunelli, as Prefeituras, governo do Estado e o Legislativo, tanto o municipal, quanto o estadual, estão trabalhando para recuperar os danos e reconstruir os pontos atingidos.
“Entretanto, mais do que isso, precisamos reforçar, sempre, a importância da prevenção e do respeito ao meio ambiente”, pontua.
O deputado, que preside a Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, vai promover uma audiência pública na Alesc com a participação do promotor do Meio Ambiente de Jaraguá do Sul, Alexandre Schmidt dos Santos, para que ele fale sobre as medidas capazes de diminuir os impactos das cheias nos municípios catarinenses.
“Estamos vivendo, há anos, uma série de desastres climáticos que nos obrigam a ter mais rigidez e planejamento. As leis sobre ocupação do solo devem ser respeitadas, talvez atualizadas, e a fiscalização precisa ser constante”, aponta.
Lunelli reconhece que, tratando-se da natureza, nem tudo é evitável e ressalta que algumas ações do ser humano ajudam a potencializar os efeitos catastróficos.
“No entanto, já temos provas concretas que medidas de prevenção minimizam os impactos das cheias”, destaca.
Ele explica que, em Jaraguá do Sul, cidade onde foi prefeito, muitos desastres foram evitados nos últimos anos com o investimento em limpeza e desassoreamento dos rios, troca de tubulação, obras de contenção nas encostas, monitoramento meteorológico e também na construção de áreas alagáveis, como a Via Verde.
“Em 2011, registramos 239,8 milímetros de chuva acima do esperado e, em 2014, por exemplo, tivemos 280,6 mm de precipitação elevada. Nas duas situações, centenas de pessoas foram atingidas e diversos pontos da cidade ficaram alagados. Já em 2022, após todas essas ações de prevenção, tivemos 339,3 mm de chuva acima do esperado, ainda mais do que nos eventos anteriores, e apenas 12 pessoas foram afetadas e cinco casas danificadas”, pontua.
Os exemplos positivos de Jaraguá do Sul serão abordados pelo promotor do Meio Ambiente, principalmente a construção do Parque Via Verde. A data da audiência será confirmada após viagem de Lunelli a Dubai, com o governador Jorginho Mello, prevista para acontecer entre os dias 17 a 25 de fevereiro.
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