Política
Ex-prefeito de Guaramirim, Luís Antônio Chiodini, é solto
Ele foi um dos 16 prefeitos catarinenses presos na Operação Mensageiro
O ex-prefeito de Guaramirim, Luís Antônio Chiodini, foi solto após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta terça-feira (12). Ele foi um dos 16 prefeitos catarinenses presos na Operação Mensageiro.
A decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi unanime. Os membros do STJ seguirem o entendimento do relator do caso, o desembargador Jesuíno Rissato, de que, após a renúncia de Chiodini e o prazo de sete meses de prisão, a detenção não se faz mais necessária. Com isso, Chiodini cumprirá medidas cautelares a serem determinadas pela Justiça.
A operação investiga suspeitas de corrupção envolvendo desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento. Chiodini renunciou ao cargo em agosto deste ano, cerca de dez dias após se tornar réu.
Ele foi preso em maio deste ano, quando voltava de viagem à Inglaterra, na Europa. O ex-prefeito estava em período de férias quando a quarta fase da operação Mensageiro foi deflagrada, em 28 de abril desde ano.
Desde que saiu de férias, no dia 19 de abril, o vice-prefeito Osvaldo Devigil assumiu a cadeira na cidade. A previsão era que Chiodini retornasse ao cargo em 13 de maio.
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A Operação Mensageiro completou um ano da primeira fase da investigação no último dia 6, quando prendeu à época quatro prefeitos de Santa Catarina. Um ano depois, 16 prefeitos ou ex-prefeitos catarinenses já foram presos preventivamente em quatro fases deflagradas pela investigação.
As prisões ocorreram entre dezembro de 2022 e abril de 2023. Atualmente, um prefeitos segue detido, Luiz Shimoguiri, ex-prefeito de Três Barras. A defesa dele fez um pedido de liberdade na última semana, mas ainda não houve manifestação em primeira instância. Os outros 15 estão em liberdade mediante medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica em alguns casos e proibição de contato com testemunhas e réus.
Apenas três prefeitos permanecem nos cargos, em exercício ou afastados temporariamente. Antônio Ceron (PSD), de Lages, foi autorizado pela Justiça a reassumir o cargo em julho deste ano. Adriano Poffo (MDB), de Ibirama, e Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí, estão em liberdade e não renunciaram, mas foram impedidos pela Justiça de ocupar o cargo até uma definição dos casos na Justiça.
Os outros 13 prefeitos renunciaram ou tiveram os mandatos declarados extintos pela Câmara de Vereadores.
De acordo com reportagem da NSC, a Operação Mensageiro já investigou contratos em 20 cidades de Santa Catarina e teve 39 pessoas presas preventivamente. Os números foram divulgados em balanço do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) quando a operação completou sete meses.
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