Arroz

Produtores catarinenses buscam revisão do preço mínimo do arroz

06 Ago 2014 - 13h38
O principal pedido é a correção do preço mínimo do arroz na Política de Preços Mínimos, que está abaixo do custo de produção estimado. Uma comitiva de produtores reuniu-se com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller. O secretário da Agricultura, Airton Spies, falou sobre o encontro.

[jwplayer mediaid="178826"]


Desde 2009, o preço mínimo do arroz na Política de Garantia de Preços Mínimos está congelado em R$ 25,8 por saco e o setor pede que esse valor seja revisado conforme os custos de produção, que são de R$ 32 por saco em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A preocupação dos rizicultores é de que, se numa próxima safra houver uma oferta maior de arroz, a salvaguarda de garantia de preço mínimo estará defasada em relação aos custos de produção.

De acordo com o ministro da Agricultura, a Companhia Nacional de Abastecimento fez um estudo, com base nos custos variáveis de produção do arroz, para propor ao Conselho Monetário Nacional que o preço mínimo seja elevado para R$ 27,25 por saco. O ministro sugeriu ainda que Santa Catarina participe do grupo de trabalho da Conab que calcula os custos de produção, já que o preço mínimo deve garantir os custos variáveis de produção.

Outra preocupação do setor produtivo é que, enquanto a produtividade do setor está aumentando devido ao uso de tecnologias, o consumo de arroz está estagnado em aproximadamente 37 quilos per capita no Brasil.

Produtores esperam agora uma resposta do Governo Federal. Santa Catarina é o segundo maior produtor nacional de arroz. Segundo o IBGE, o Estado produziu mais de mil toneladas do grão na última safra.

ROGÉRIO TALLINI