BR 280

Exército faz pesquisa sobre condições da BR 280

05 Jul 2016 - 13h47
Desde a semana passada, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e usando as imediações do Posto da PRF, os soldados abordam veículos aleatoriamente para fazer perguntas sobre as prioridades da rodovia.

A pesquisa foi encomendada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e visa traçar um diagnóstico sobre as BRs e do número de veículos que circulam diariamente.

Dados desde o número de passageiros do veículo, origem e destino são algumas das perguntas feitas. Aos caminhoneiros, em especial, a pesquisa busca saber quais os melhores locais para a construção das paradas obrigatórias para descanso.

A coleta de informações vai ocorrer em quatro fases. Esta primeira vai até o fim de semana. Haverá mais uma em novembro e, posteriormente, em 2017. O trabalho é feito nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

INFORME DO DNIT:

Começa à zero hora deste sábado, dia 2 de julho, a primeira etapa da Pesquisa Origem e Destino, que vai levantar um diagnóstico socioeconômico das viagens nas rodovias federais.

O diagnóstico de tráfego é importante para a identificação dos principais corredores de transporte com gargalos logísticos e da consequente necessidade de expansão ou adequação de capacidade das rodovias, além de ser ferramenta fundamental para as atividades de projeto, construção, manutenção e operação rodoviária. Nesse sentido, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) firmou uma parceria com o Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército Brasileiro para realização da Pesquisa Origem e Destino (OD).

As coletas das informações dos fluxos de veículos nas rodovias federais serão divididas em quatro fases ao longo dos anos de 2016 e 2017, em 300 postos de coletas de dados. Assim, a primeira etapa da Pesquisa OD se inicia à 0h do dia 2 de julho e termina à meia-noite do dia 8 de julho, simultaneamente em 60 locais de cinco estados das regiões Sul e Centro-Oeste: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A segunda etapa da pesquisa está prevista para novembro e as duas últimas para o ano de 2017.

Também parceira na ação, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará o desenvolvimento de metodologia para as pesquisas, consolidação e tratamento dos dados de fluxos de veículos e aplicação de modelo matemático para estimativa de tráfego médio diário anual para toda a malha rodoviária.

As contagens volumétricas e classificatórias de tráfego visam determinar a quantidade, o sentido e a composição do fluxo de veículos que passam por um ou vários pontos selecionados do sistema viário, numa determinada unidade de tempo.

A pesquisa

A Pesquisa Origem e Destino vai coletar informações acerca da classificação do veículo, tipo de carroceria, ano de fabricação, número de passageiros e tipo de combustível aceito; propriedade, motivo de escolha da rota; dos dados da viagem; dos motivos da viagem; dados da carga transportada. Além disso, o condutor do veículo é convidado a sugerir, dentro da rota seguida, os melhores municípios para criação de um local de parada obrigatória de descanso.

Para a coleta dos dados, os militares vão utilizar 700 tablets adquiridos pelo DNIT. Depois da aplicação da Pesquisa OD, os equipamentos ficarão à disposição dos servidores de todas as superintendências regionais e unidades locais para auxílio nos trabalhos de campo nas rodovias.

Saiba mais

A Pesquisa Origem e Destino é uma das ações estratégicas do Plano Nacional de Contagem de Tráfego (PNCT). Desde 2014, o DNIT retomou o PNCT, iniciado pelo extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), em 1975, e interrompido no ano 2000.  O programa começou com a implantação de 14 postos de coleta permanente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e chegou a ter 285 postos em operação. Foram utilizados os estudos realizados em 2012 pelo DNIT, através do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que resultaram na definição de novo arcabouço para as contagens permanentes de tráfego na malha rodoviária federal.

O PNCT prevê a implantação de 320 postos de contadores permanentes que funcionarão 24 horas por dia, 365 dias por ano e inicialmente por um período de três anos. Do total de postos previstos pelo PNCT, 230 já estão certificados e em operação – 143 foram instalados em 2015. O funcionamento pleno do PNCT representa um ganho para as atividades de planejamento da infraestrutura de transportes do país, com ênfase nos meios rodoviários, que são a base da matriz brasileira.