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Jaraguá do Sul

Noite de abertura do Festival de Cinema contará com homenagens

A organização conta com um número recorde de inscrições (377), quase 100 a mais que no ano passado, quando houve 280

22 Jun 2020 - 15h38Por Da Redação

A Comissão Organizadora da terceira edição do Festival de Cinema de Jaraguá do Sul, que ocorre de 25 a 27 de junho, prepara os últimos detalhes do evento. Neste ano, por causa da pandemia, o evento será on-line e o link de transmissão será divulgado a partir desta quarta-feira (24), de acordo com o chefe de Programas e Projetos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Dinalberto de Lucca Moreira (Dino). O dia de abertura contará com homenagens ao ator Milton Gonçalves; à atriz, diretora de produção, arte educadora para Cinema, TV, Publicidade e Teatro, Anídria Stadler; ao cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão brasileiro, José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso. Também serão homenageados o jornal O Correio do Povo e a ex-secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Lúcia Petry, pelo apoio e envolvimento no evento desde a primeira edição.

A organização conta com um número recorde de inscrições (377), quase 100 a mais que no ano passado, quando houve 280. No primeiro ano do festival, em 2018, foram 230 os inscritos.

Milton Gonçalves

Milton Gonçalves (1933) é um ator brasileiro que começou a carreira em São Paulo. Trabalhava como gráfico quando, um dia, depois de assistir à peça A Mão do Macaco, a convite do ator Egídio Écio, saiu maravilhado. Tratou de entrar logo para um clube de teatro amador, do qual passou para um grupo profissional. Um novo diretor carioca procurava um ator para fazer um Preto velho na peça Ratos e Homens. O diretor era Augusto Boal e, o grupo, o Teatro de Arena de São Paulo. "Lá encontrei Gianfrancesco Guarnieri, Flavio Migliaccio, Oduvaldo Viana e tantos outros. Estudavam história do teatro, impostação de voz, postura, filosofia, arte e política."

Milton escreveu quatro peças, uma delas montada pelo Teatro Experimental do Negro e dirigida por Dalmo Ferreira. "Ali aprendi tudo o que sei sobre teatro. Foi fundamental para a minha compreensão do mundo."

Militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política, nos anos 90, ao candidatar-se a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994.

Gonçalves foi também o primeiro brasileiro a apresentar uma categoria na cerimônia de premiação do Emmy Internacional, em 2006. Participou do especial Chico Eterno, que foi uma homenagem ao mestre do humor Chico Anysio, ao lado de Maurício Sherman, Fernanda Montenegro, Nizo Neto, Orlando Drummond, Boni, Quinzinho melhor amigo de Chico, esse programa foi gravado através da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo no Ceará.

Participou de série de novelas, peças teatrais e cinema, entre eles:  De Corpo e Alma, História de Amor, O Rei do Gado, Malhação, A Grande Família, Carga Pesada,A Favorita, Os Trapalhões. Entre os prêmios mais recentes constam: Prêmio Camélia da Liberdade (2010);  Troféu Top of Business (2013); Prêmio Cesgranrio de Teatro (2014);  Festival de Cinema CineOP  (2015) e Troféu Mário Lago (2018).

Gravou, antes de adoecer, o filme Aperto, que será exibido no Festival.

 José Mojica Marins

Cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão brasileiro, José Mojica Marins (1936-2020), é mais conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso. É considerado o "pai" do terror nacional, tendo sua obra grande importância para o gênero, influenciando várias gerações. Embora Mojica tenha sido conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variaram entre faroestes, dramas, aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada. 

 Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. Em todos os seus filmes, com exceção de Encarnação do Demônio, José Mojica Marins foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam ser dublados por diversas razões: nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. 

 Algumas vezes, o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho. Na Odil Fono Brasil, mostraram-lhe vários filmes para que escolhesse um dublador. Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: a voz de Laercio Laurelli. Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em À Meia-Noite Levarei Sua Alma, Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver e O Estranho Mundo de Zé do Caixão.  Em O Ritual dos Sádicos, Finis Hominis e Quando os Deuses Adormecem foram dublados por Araken Saldanha. Exorcismo Negro e Delírios de um Anormal tiveram a voz de João Paulo Ramalho. Mojica morreu no dia 19 de fevereiro deste ano, após ficar quase um mês internado para tratamento de uma broncopneumonia.

Anídria Stadler

Anídria Soeli Zielinski, com nome artístico de  Anidria Stadler é atriz, diretora de produção, Arte educadora para Cinema, TV, Publicidade e Teatro. Licenciatura em Teatro  pela Faculdade de Artes do Paraná, foi diretora de produção de dois longas:  “Quem Quer ser um Documentário?” e "Cormorant"; de dois curtas: “Conversa a Italiana” e “O Sonho da Madeira e o Concreto do Futuro” do diretor Luigi de Franceschi. O longa metragem “Cormorant” de Beto Carminatti, recebeu quatro prêmios no Festival de Cinema da Lapa: melhor som, melhor fotografia, melhor atriz e prêmio especial do júri.

Atuou como produtora e preparadora de elenco do seriado  “O Colorido Mundo de Dalton”, do diretor Luigi de Franceschi e do piloto para série “Turma 33B”, do diretor Luigi de Franceschi. Participou do curta “Amigo Invisível”, da diretora Yannara Negre. Foi atriz de teatro, TV, cinema e publicidade em  53 peças, entre dramas, comédias, infantis e commedia Dell’ art, entre o Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Participou do quadro Casos e Causos para filial da Globo (RPC TV) em quatro seriados: "O Nó do Afeto", " A Lenda das Encantadas", "Na casa da vó pode tudo" e "Mistérios do Lagamar". Realizadora de 30 adaptações de textos para teatro, Anídria também escreveu seis espetáculos teatrais: “3980”, “Doce Infância”, “O Hospital”, “Na Escola”, “Game Over” e “Reino Encantado”.Atuou como ministrante de oficina de teatro físico para o curso de extensão universitária da UFPR, entre agosto e setembro de 2017) . Foi diretora de produção e atriz em cinco espetáculos apresentados no Festival de Teatro de Curitiba, em 2018.
 
Entre os prêmios recebidos constam o de melhor coreografia no FETAEPI 2005; melhor adaptação de texto do FESTART 2007 e melhor direção FESTART 2007. Como sócia-produtora no espetáculo “FLICTS”, da Obra do Ziraldo, e adaptação e direção de Edson Bueno, o espetáculo recebeu nove prêmios, incluindo melhor espetáculo. 


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