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STF retira sigilo de denúncia contra Eduardo Cunha na Lava Jato
Com a queda do sigilo, o nome dos investigados passará a estar na descrição do processo. A previsão é de que o pedido de abertura de ação penal seja julgado em março, junto com o pedido de afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara.
Eduardo Cunha foi denunciado em agosto do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, porque teria recebido US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.
De acordo com a denúncia, o negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Em outra acusação, Rodrigo Janot afirma que Eduardo Cunha pediu à outra investigada no caso, a ex-deputada e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, que apresentasse requerimentos a uma comissão da Câmara para pressionar o estaleiro, que parou de pagar as parcelas da propina.
Segundo Janot, não há dúvida de que Cunha foi o verdadeiro autor dos requerimentos.
Cunha nega as acusações de recebimento de propina e afirma que não vai deixar a presidência da Câmara dos Deputados.