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Paralisação do transporte coletivo de Florianópolis está em negociação
As negociações entre os motoristas e cobradores e empresas do transporte público de Florianópolis andam a passos lentos e a possibilidade de paralisação deixa em alerta os usuários. O secretário de Transportes Urbanos e Terminais João Batista Nunes promete tentar o consenso para evitar a greve.
Uma assembleia na quarta-feira que vem deve ser definitiva para a questão, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano (Sintraturb). O presidente, Antônio Carlos Martins, afirma que houver alguma paralisação no transporte, os usuários serão avisados com antecedência.
- Não acredito na greve, mas, se ocorrer, o Sintraturb tem que avisar 72h antes, como prevê o artigo 9 da lei 7783/89 da Constituição Federal, sobre o direito de greve.
Neste caso, de acordo com Nunes, um recurso junto ao poder judiciário deverá garantir o funcionamento de uma frota mínima para atender os usuários nos horários de maior pico.
Redução de carga horária
A pauta com 86 clausulas é a base das discussões entre representantes do Sintraturb, o sindicato das empresas de ônibus (Setuf) e governo municipal. As questões mais discutidas abordam a prevenção de doenças e a diminuição da carga horária dos trabalhadores.
Algumas reivindicações
:: Redução da carga de seis horas e quarenta minutos para seis horas
:: Programa de prevenção de distúrbios provocados por repetição de estímulos
:: Espaço apropriado para fazer refeições
O que diz o Setuf
:: É inviável mudar a carga horária dos trabalhadores sem aumentos na tarifa. O efeito seria o enfraquecimento do sistema de transportes coletivos.
:: Não há aumento de número usuários no sistema desde 2003. Só aumentaram o número de ônibus e os horários de linhas.
:: O Setuf diz não ser necessário espaço para refeições, tendo em vista que o vale dos trabalhadores seria um dos maiores do Estado (R$ 380)
Fontes: Antônio Carlos Martins, presidente do Sintraturb, e Valdir Gomes, diretor do Setuf.
DIÁRIO CATARINENSE