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ECONOMIA

Juros longos fecham com viés de baixa, à espera da CCJ

22 Abr 2019 - 19h00Por Denise Abarca

O mercado de juros retornou do feriado da Páscoa com pouca disposição para os negócios, como sinalizado pelo giro muito fraco de contratos e oscilação restrita das taxas, que passaram o dia perto dos ajustes anteriores. A ponta longa se manteve com viés de baixa até o fechamento nesta segunda-feira, 22, atribuída ao cenário político, mais precisamente à expectativa pela tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência, que, em tese, deve começar a ser votada nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Outro assunto no radar, mas ainda sem força para mexer com as taxas, foi a movimentação dos caminhoneiros, com o investidor monitorando o risco de nova greve.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 tinha taxa de 6,440%, de 6,450% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2021, vencimento mais líquido e que movimenta normalmente mais de 300 mil contratos, não girava nem 90 mil no fim da sessão regular. Fechou com taxa de 7,01%, de 7,031% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 8,212% para 8,20%, e a do DI para janeiro de 2025, de 8,772% para 8,75%.

Até o fechamento da etapa regular, e mesmo durante o feriado e o fim de semana, o noticiário em torno da reforma da Previdência, que é o assunto ao qual o mercado está mais sensível, não trouxe nada de impacto. "Amanhã tem CCJ e, como não tem muito prêmio na curva, não adianta jogar as taxas muito para baixo. Nem para cima, em função da atividade fraca", disse o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

Com isso, a expectativa pela votação do parecer do relator Marcelo Freitas (PSL-MG) na CCJ sustentou um breve alívio no trecho longo, na esteira de declarações otimistas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

Maia afirmou que a reforma vai "passar bem" na CCJ para que possa começar a ser discutida na próxima semana na comissão especial. A expectativa de que as alterações a serem feitas pelo relator não reduzirão a potência fiscal do projeto também ajudou a sustentar uma queda moderada da ponta longa durante a sessão. Marinho disse que serão feitas "modificações pequenas", mas que não implicarão impacto fiscal nem mexerão na "espinha dorsal" do projeto. "Isso é boa notícia porque o mercado temia que se desidratasse a proposta já na CCJ", disse Renan Sujii, estrategista de Mercado da Harrison Investimentos.

O risco de paralisação dos caminhoneiros também é monitorado, embora o mercado veja o movimento enfraquecido e pouco organizado. "A resposta de paralisação ou não vai ser do governo", disse nesta tarde Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, líder da categoria, antes de participar de reunião no Ministério da Infraestrutura.

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