ECONOMIA
Juros futuros fecham em baixa, influenciados pela queda do dólar
A curva de juros devolveu prêmios nesta quarta-feira, 27,com as taxas tendo oscilado a maior parte do dia em queda moderada, amparadas no comportamento do dólar, enfraquecido ante o real. O câmbio acabou blindando o mercado de juros da influência do exterior, onde prevaleceu o clima de cautela. Apesar de forte, a agenda doméstica não foi capaz de dar dinâmica para as taxas, tampouco o noticiário em torno da Previdência.
No fechamento das 18h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava em 6,460%, de 6,480% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 7,132% para 7,08%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou a 8,19%, de 8,232%. A taxa do DI para janeiro de 2025 recuou para 8,73%, de 8,762%.
A correlação entre câmbio e juros se deu desde a primeira etapa dos negócios, mas à tarde fatores técnicos contribuíram. No início da jornada vespertina, as taxas chegaram a zerar a queda e migrar para a estabilidade, batendo máximas, o que atraiu vendas, com mínimas a partir da última hora da sessão regular. Segundo um operador, o movimento foi iniciado pela atuação de um grande player.
A agenda doméstica foi apenas monitorada. Nem mesmo o IGP-M de 0,88% em fevereiro, acima do teto das estimativas dos analistas (0,75%), teve impacto na curva. Pela manhã, saíram ainda a nota de crédito do Banco Central e a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua. À tarde, o Tesouro informou que o governo central teve superávit de R$ 30,2 bilhões em janeiro, valor maior do que o que indicava a mediana das previsões de R$ 27,900 bilhões.
No radar, esteve ainda a reunião da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, da qual participaram ainda os presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ela disse que vai procurar a oposição para conversar sobre a reforma da Previdência, começando pelo PSB e pelo PDT, e reiterou afirmação dada mais cedo pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que a economia de R$ 1,1 trilhão prevista no texto é "inegociável".
Pesquisa do Morgan Stanley com investidores e clientes do banco mostrou que a expectativa é que o texto aprovado traga economia fiscal em média de R$ 690 bilhões. Segundo o levantamento, 93% deles esperam que a reforma seja aprovada, com 63% prevendo que a votação na Câmara ocorra até julho e 20% em agosto. Com isso, a taxa do DI janeiro de 2024, que hoje está em 8,50%, fique em 8,18% no final do ano. Se a economia fiscal for maior que R$ 800 bilhões, o banco vê esta taxa abaixo de 8% no fim de 2019.

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