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ECONOMIA

Ibovespa tenta se firmar em alta amparada por Vale

06 Mar 2019 - 14h53Por Maria Regina Silva

Depois da trégua carnavalesca, o principal índice da B3 retomou os negócios nesta Quarta-Feira de Cinzas com ligeira alta. Após o anúncio do afastamento temporário do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, no fim de semana, os investidores parecem ter aprovado a decisão, e os papéis da mineradora sobem mais de 1,5%. Entretanto, a queda no exterior pode limitar os ganhos do Ibovespa.

Às 13h36, o índice subia 0,03%, aos 94.644,66 pontos, após cair 1,03%, aos 94.603,75 pontos, na sexta-feira, 1º de março.

Lá fora, persistem as dúvidas relacionadas ao acordo comercial entre Estados Unidos e China, que custa a ser finalizado. A despeito das sinalizações de que as conversas estariam evoluindo, há receio sobre o nível de profundidade do tão aguardado acordo.

Além do mais, a preocupação com o ritmo de crescimento mundial persiste. As bolsas têm ligeira queda em Nova York e também na Europa, sem falar do recuo do petróleo, que afeta as ações da Petrobras.

Quanto à Vale, os recibos de ações (ADRs) da mineradora chegaram a perder 5% na bolsa de Nova York, na segunda-feira, mas depois reagiram, acumulando alta de 2,17% nos dois últimos dias. "Os papéis da mineradora vão ter que se ajustar aos ADRs", estima. Nesta quarta, esses papéis operam em leve queda.

Por aqui, os investidores ainda devem monitorar as postagens de Jair Bolsonaro nas redes sociais, com críticas ao carnaval, para saber se a postura do presidente trará ou não algum ruído na tramitação da reforma da Previdência. "É mais uma notícia desfavorável ao governo", diz um operador de renda variável.

O economista-chefe da GO Associados, Eduardo Velho, avalia que esse tipo de postura pode atrapalhar, "pois é o líder do Executivo, o que exige formalidade". Entretanto, pondera que o sincronismo na comunicação com a equipe econômica e com a agenda original das reformas, em especial da Previdência, no Congresso é que é o ponto-chave.

"A eventual postergação da reforma é que poderia atrapalhar o retorno com mais vigor do estrangeiro para a Bolsa. Agora, com a volta dos parlamentares aos trabalhos depois do carnaval é que vamos ver se haverá avanço nas negociações", diz Eduardo Velho.

A implementação da agenda de reformas do governo brasileiro, particularmente a da Previdência, continua sendo fundamental para a recuperação do crescimento no País, observa a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu relatório divulgado nesta quarta. A entidade cortou a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2,1% para 1,9%. Em 2020, a OCDE continua esperando que a economia brasileira ganhe força e cresça 2,4%, previsão que não se alterou.

A OCDE ainda diminuiu as expectativas para o crescimento econômico global. A estimativa é expansão da economia mundial de 3,3% este ano e de 3,4% em 2020. Antes, a projeção era de 3,5% em ambos os anos.

À tarde, os investidores terão em mãos novas informações sobre a economia dos EUA, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA ) divulgará o livro Bege, com detalhamento sobre a economia do país. Mais cedo, a ADP informou que o setor privado do país criou 183 mil empregos em fevereiro, pouco abaixo da expectativa de geração de 185 mil postos.

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