dengue 2
ECONOMIA

Ibovespa se recupera e fecha em alta de 0,40% com ajuda de Petrobras e bancos

21 Fev 2019 - 19h40Por Eulina Oliveira

Depois de ter perdido o patamar de 96 mil pontos no início da tarde, diante das dúvidas em relação à tramitação da proposta de reforma da Previdência no Congresso e dos renovados temores de desaceleração da economia global, o Ibovespa buscou uma recuperação na reta final da sessão desta quinta-feira, 21. A força das blue chips Itaú Unibanco e Petrobras conduziu uma melhora do índice, que fechou em alta, a despeito da queda das bolsas em Nova York.

O Ibovespa encerrou com valorização de 0,40%, aos 96.932,27 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,2 bilhões. Os papéis da Petrobras ganharam impulso com declarações do ministro de Minas e Energia, Bento de Albuquerque, sobre a cessão onerosa. Segundo Albuquerque, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reunirá na próxima quinta-feira (28) para definir o modelo de revisão do contrato da cessão onerosa, firmado com a Petrobras em 2010. Passado um mês, no fim de março, deve sair o valor do crédito da estatal e, no quarto trimestre deste ano, será realizado o leilão do excedente da cessão onerosa. Petrobras ON fechou com ganho de 0,54% e PN, +1,33%.

As ações do Itaú Unibanco, que têm o maior peso na composição do Ibovespa, terminaram com ganho de 1,82%, na máxima. Segundo um profissional, foi grande a procura pelos papéis porque nesta sexta-feira (22) eles passam a ser "ex-dividendos", ou seja, terão direito aos proventos os acionistas na base da empresa em 21 de fevereiro. Outras ações do setor financeiro também terminaram com ganhos.

De todo modo, a cautela manteve-se no mercado doméstico, com as incertezas sobre se o governo obterá o apoio necessário para a aprovação da proposta de reforma da Previdência, e se o texto será muito modificado ou não.

O cenário externo também influenciou os negócios por aqui. "Dados fracos nos Estados Unidos e a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de quarta, alertando para o aumento dos riscos à economia global, deixaram os investidores mais pessimistas", diz Felipe Favero, analista da Criteria Investimentos. "Além disso, seguem no foco as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e a queda de braço do presidente Donald Trump com os democratas para conseguir construir um muro na fronteira com o México. Tudo isso traz volatilidade", afirma.

Matérias Relacionadas

Economia

Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

Compras podem chegar a 1 milhão de toneladas
Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços
Economia

Com enchentes no RS, Brasil pode ter que importar arroz e feijão, diz Lula

Objetivo é equilibrar produção e conter aumento de preços
Com enchentes no RS, Brasil pode ter que importar arroz e feijão, diz Lula
Economia

Repasse federal ao RS com emendas parlamentares supera R$ 1 bilhão

Mudança na LDO deve liberar recursos diretamente para prefeituras
Economia

Indústria puxa geração de empregos em SC, com 35 mil novas vagas no primeiro trimestre

Postos de trabalho criados de janeiro a março em todos os setores econômicos somam mais de 66 mil no estado
Indústria puxa geração de empregos em SC, com 35 mil novas vagas no primeiro trimestre
Ver mais de Economia