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ECONOMIA

Ibovespa cai 1,11% com temor de atrasos e alterações na reforma da Previdência

17 Abr 2019 - 19h10Por Paula Dias

A dificuldade de articulação do governo que levou ao adiamento da votação do relatório da Previdência na CCJ da Câmara impôs perda firme ao Índice Bovespa nesta quarta-feira, 17. A possibilidade de o texto sofrer alterações já na fase de admissibilidade renovou os temores de que a reforma seja mais difícil que o esperado - e que ao final traga impacto fiscal muito aquém do necessário. Com isso, a ordem no mercado de ações foi reduzir a exposição ao risco, o que levou o Ibovespa a uma queda de 1,11%, aos 93.284,75 pontos.

"O mercado esteve mais cauteloso e resolveu tirar o pé do risco, por conta da apreciação da constitucionalidade da reforma da Previdência", disse Pedro Paulo Silveira, da Nova Futura Corretora. Para ele, a percepção do cenário político é de que há uma ladeira a ser superada, mas governo e parlamentares ainda estão discutindo se ela é mesmo uma ladeira. "O problema é saber quanto tempo levará até que se chegue ao topo", afirma.

A votação do parecer sobre do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) foi adiada para terça-feira (23) para que fossem avaliadas sugestões de mudanças. Após reunião de parlamentares com o secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, o governo aceitou negociar alterações no parecer da reforma na CCJ. Marinho evitou dizer que há acordo fechado sobre pontos específicos.

"O mercado segue convicto de que haverá reforma da Previdência, mas a reação negativa ocorre quando aumentam as dúvidas sobre ela. O grande X da questão é qual reforma passará no Congresso e quando ela será aprovada", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora.

No pior momento do dia, no início da tarde, o Ibovespa chegou a marcar mínima em 93.337,54 pontos (-2,12%). A melhora das ações da Petrobras foi fator decisivo para uma desaceleração das perdas do índice no fechamento. Segundo operadores, pesou o mercado o silêncio da companhia após a entrevista coletiva de terça à noite. Minutos antes do final do pregão, a petroleira anunciou entrevista coletiva para as 18h para falar sobre política de preços. A informação tirou os papéis da companhia do terreno negativo, para um fechamento próximo da estabilidade, com altas de 0,10% (ON) e 0,11% (PN).

Entre as demais blue chips do mercado, também foram destaque os papéis do setor financeiro, com Santander (-3,06%), Itaú Unibanco PN (-1,55%) e Banco do Brasil ON (-1,32%) entre as mais significativas. O volume de negócios somou R$ 26,560 bilhões, incluindo o movimentado no exercício de opções sobre o índice.

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