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Economia

FIESC debate infraestrutura, educação e Programa Travessia

17 Nov 2020 - 09h35Por Janici Demetrio

Em reunião virtual do Conselho Estratégico da Indústria Catarinense, da Federação das Indústrias (FIESC), nesta segunda-feira, dia 16, o presidente Mario Cezar de Aguiar e diretores da entidade apresentaram aos conselheiros o programa de investimentos da instituição, especialmente em educação, as principais ações no combate ao coronavírus, o Programa Travessia, questões jurídicas que afetam a indústria e a preocupação com a falta de investimentos em infraestrutura e com o suprimento de gás. O conselho é formado por lideranças empresariais do estado e tem a participação dos ex-presidentes da ACIJS Décio da Silva (WEG), Vicente Donini (Marisol) e Monica Hufenüssler Conrads (Duas Rodas).
 
“Santa Catarina é um hub logístico importante. Movimentamos em torno de 20% dos contêineres de todo o Brasil, mas há uma falta de projetos que pode prejudicar o andamento da economia. Então, reforço a necessidade de trabalharmos em conjunto, cobrando mais investimentos para o estado, para que possamos ter uma infraestrutura que permita que Santa Catarina realmente seja competitiva”, afirmou Aguiar. Ele destacou ainda que o estado é o segundo mais competitivo do Brasil, de acordo com ranking do CLP, mas se tivesse uma infraestrutura mais adequada, certamente, seria o primeiro colocado. “Hoje estamos atrás de São Paulo exatamente porque temos uma deficiência na área de transporte”, completou.
 
No campo da educação, o diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira, apresentou o programa de investimentos da FIESC na área. “Nossa agenda central é o fortalecimento e a modernização da educação profissional. Foi para isso que o SENAI foi criado e é para isso que somos mantidos pela indústria”, afirmou, observando que a entidade está aumentando a sua escala para atender a demanda por profissionais para o setor. Entre as iniciativas que ele destaca estão a construção junto com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de uma dupla certificação, que vai permitir que o aluno tenha um certificado de um curso técnico nacional e um alemão. Há projeto-piloto já sendo executado em parceria com a indústria. Também foram destacadas outras ações, como a educação digital imersiva e híbrida, parcerias estratégicas com a Oracle, IBM, Audaces e tecnologias habilitadoras da indústria 4.0. 
 
O diretor institucional e jurídico da FIESC, Carlos José Kurtz, destacou que embora o Supremo Tribunal Federal (STF) já tenha reconhecido a constitucionalidade do Código Florestal (Lei 12.651/2012), a corte voltou ao tema em ação que discute qual lei deve ser aplicada à Mata Atlântica: se é o Código Florestal ou se é a Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006). Caso prevaleça o entendimento de que em áreas de Mata Atlântica se aplique a lei específica (11.428/2006), o estado sofreria consequências sociais e econômicas graves, inviabilizando propriedades rurais, o agronegócio e atividades ligadas à cadeia florestal, por exemplo. A aplicação do princípio da área consolidada, prevista no Código Florestal, é a que está mais alinhada à Constituição Federal, que prevê a proteção ambiental e o desenvolvimento integrados harmoniosamente. “A questão está pautada no STF e a FIESC preparou um Amicus Curiae à defesa que o próprio estado está fazendo”, informou. 
 
Outro assunto debatido foi o Programa Travessia, iniciativa da FIESC para auxiliar Santa Catarina a vencer a crise provocada pela pandemia. Ele atua em quatro frentes: reinvenção da indústria e da economia, investimento em infraestrutura, atração de capital e pacto institucional. “A pandemia trouxe a aceleração das mudanças. Estamos buscando preparar o estado para reagir a essas mudanças”, disse o diretor de inovação e competitividade da entidade, José Eduardo Fiates, que apresentou as principais ações de curto, médio e longo prazos previstas no Programa, que engloba a elaboração de planos de desenvolvimento regional e setorial, agenda de investimentos, reforma de modernização do Estado, entre outros.  
 
Ações na pandemia: Ainda na reunião, o presidente da FIESC fez um balanço das ações da entidade durante a pandemia. Ele destacou a recuperação de 65 respiradores pelo SENAI em Joinville em parceria com empresas, a criação da Plataforma CoronaDados, elaboração de protocolos sanitários para ambientes de trabalho, participação no Grupo Econômico (COE), liderado pelo Governo de SC, a criação do Fundo FERA para aquisições emergenciais, como medicamentos, equipamentos de proteção, oxímetros e respiradores. Também foi criada a Liga de Doações Conecta SC, que doou 252 mil equipamentos de proteção individual, 11 mil quilos de alimentos e 15 mil itens de higiene.
 
 
 

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