ECONOMIA
Dólar sobe após feriado com Powell, Payroll e Previdência no radar
O mercado doméstico volta do feriado nacional ajustando o dólar em leve alta, após a subida da moeda americana nesta quarta-feira, dia 1º, em Nova York, reagindo aos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, menos "dovish" que o esperado.
As negociações da reforma da Previdência seguem no foco em meio à espera pelo início das discussões na Comissão Especial, na próxima semana, e pelo relatório de empregos norte-americano (payroll), que será divulgado na Sexta-feira (3).
Às 9h21 desta quinta-feira, 2, o dólar à vista subia 0,40%, aos R$ 3,9370. O dólar futuro para junho estava em alta de 0,48%, aos R$ 3,9460.
Nesta quarta, a decisão do Fed de manter os juros dos Fed funds na faixa de 2,25% a 2,50% veio conforme o esperado, e houve ainda o corte da taxa de juros sobre excesso de reservas (IOER, na sigla em inglês) de 2,40% para 2,35%.
O dólar passou a cair imediatamente após a divulgação da decisão, mas recuperou o fôlego e fechou em alta ontem, depois que Powell disse em entrevista que os riscos à economia dos EUA se mostraram mais amenos nas últimas semanas. Powell caracterizou o movimento de desaceleração da inflação como "técnico" e apontou que os preços devem voltar a ganhar força nos EUA.
No Reino Unido, mais cedo nesta quinta, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros em 0,75%. Além disso, não alterou o estoque de compras de bônus, em 435 bilhões de libras.
O banco central ainda reiterou as incertezas com o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, citando também o impacto da desaceleração global. A instituição sinalizou ainda ver uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano.
Contudo, o presidente do BoE, Mark Carney, disse que pode ser necessário apertar a política monetária mais do que os mercados preveem hoje, ao passo que o crescimento econômico e as pressões inflacionárias vão exigir elevações de juros. Às 9h12, a libra oscilava perto da estabilidade, a US$ 1,3046, ante US$ 1,3047 no fim da tarde de quarta; assim como o euro, cotado a US$ 1,1210, ante US$ 1,1200 no fim da tarde de ontem.