Irritabilidade com sons do dia a dia? Atenção, pode ser misofonia!
A audição supersensível leva pessoas ao extremo da raiva e causa sofrimento
Sons cotidianos, como alguém mastigando uma maçã, canto dos pássaros ou estalar de ossos, passam despercebidos pela maioria das pessoas, menos para quem sofre de misofonia. Barulhos repetitivos ou sons baixos padronizados despertam a sensibilidade auditiva, causando crises intensas de raiva, falta de concentração e até situações desesperadoras e atitudes extremas devido ao incômodo sonoro.
A misofonia é o verdadeiro “ódio ao som”, também conhecida como Síndrome de Sensibilidade ao Som Seletivo. O problema tem origem neurológica, em que os estímulos sonoros são confundidos no sistema nervoso central. Assim, a pessoa não consegue ignorar os ruídos irrelevantes e foca na situação desconfortável.
O diagnóstico correto pode levar anos. Por essa razão, os acometidos pelo transtorno, geralmente, são rotulados como chatos e cheios de frescura desde a infância, o que acaba gerando dificuldades de relacionamento pessoal, profissional e familiar ao longo da vida.
O problema não tem cura. Mas tratamentos com estimulação sonora, expondo o paciente a sons neutros e irritantes podem reduzir os impactos negativos, assim como meditação e terapias cognitivas auxiliam na concentração do paciente, para que consiga ignorar os barulhos desagradáveis.
Não despreze a condição! Se você sofre com os sintomas ou conhece alguém que passa por essa situação, busque ajuda especializada.