Segurança

Polícia segue mobilizada na investigação de assalto em Criciúma

Dez veículos utilizados na ação foram encontrados na localidade de Picadão, no município de Nova Veneza. Também foi apreendido material explosivo

1 DEZ 2020 • POR Janici Demetrio • 16h18

Desde a madrugada, a Polícia Civil de Santa Catarina e todas as forças de segurança estão mobilizadas  na investigação do assalto ao Banco do Brasil em Criciúma.

Por determinação do Delegado Geral Paulo Koerich, estão em Criciúma policiais civis da Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), sob o comando do Delegado de Polícia Anselmo Cruz, além de outras delegacias da DEIC, da CORE e o reforço mobilizado da região em apoio às forças locais.

Também há contatos e mobilização com as Polícias de outros Estados, como dos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, e com a Secretaria Nacional de Segurança, para a união e integração de esforços na ação policial, no Sul do Estado.

"Nós estamos em Criciúma acompanhando todas as ações policiais. Todas as forças policiais do estado de Santa Catarina estão trabalhando em conjunto para a busca de informações e da identificação dos autores desse crime. Assim como também, nós contamos com o apoio das polícias dos estados vizinhos e de outros estados da federação, além de agências federais que estão auxiliando na busca da autoria deste crime. Nós não toleramos essas ações delituosas no âmbito do estado de Santa Catarina", afirma o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Koerich.

"Nós iremos trabalhar todos uníssonos na busca de informações que propiciem a identificação dos autores deste crime e para que eles sejam após devidamente identificados sejam responsabilizados na forma da legislação vigente. Temos ações que estão sendo realizadas pela CORE, pelo SAER, pelo CHOQUE, pelo BOPE, pelos PPTs, pela DEIC, e desta forma, somando esforços para que a sociedade catarinense não seja mais assolada com ações desta natureza", destaca o delegado.

O governador do Estado Carlos Moisés está em Criciúma, ele destacou ainda o apoio do Governo Federal. O ministro da Justiça, André Mendonça, e o secretário Nacional de Segurança Pública, Coronel Carlos Paim, entraram em contato com Carlos Moisés nesta manhã colocando as estruturas à disposição. “Todo o Brasil tem seu olhar voltado pra Santa Catarina, porque nossos números não combinam com o episódio dessa madrugada”, salientou o chefe do Executivo.

Entenda a ação
Por volta das 23h50 de segunda-feira (30), criminosos com armas pesadas, munições de diferentes calibres, explosivos e coletes balísticos assaltaram uma agência bancária de Criciúma e efetuaram diversos disparos na área central e no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). A ação criminosa resultou em duas pessoas feridas, sendo um deles o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que passou por uma cirurgia e apresenta um quadro de saúde que inspira cuidados.

“Quero prestar uma homenagem ao policial ferido. Enquanto todos dormiam, a polícia estava na rua. São nossos heróis anônimos", acrescentou o governador Carlos Moisés.

Até o momento, foram presas quatro pessoas que fizeram o recolhimento de parte das cédulas de papel que estavam jogadas no chão em razão da explosão. Com eles, foram localizados cerca R$ 810 mil. Conforme a Polícia Militar, 10 veículos utilizados na ação foram encontrados na localidade de Picadão, no município de Nova Veneza, nesta manhã. Também foi apreendido material explosivo estimado em 230 quilos, do tipo Melaton.

Investigação
O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, relatou que as forças de Segurança de Santa Catarina, quando foram acionadas, entraram em estado de alerta.

“A ação desta madrugada chama atenção pela ousadia e violência. As forças policias não irão tolerar as ofensivas, nós vamos prender todos os envolvidos nesse crime. E eles vão sentir o peso da mão do estado. Podem confiar nas forças policiais, no sistema de segurança pública, nós não mediremos esforços para resolver esse caso”, afirmou.

O delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) Anselmo Cruz, que comanda as investigações, explicou que esse é considerado o roubo de maiores proporções da história de Santa Catarina. “Há uma mobilização policial muito forte nas buscas e, em paralelo a isso, já começou o trabalho de investigação. Estamos falando de pelo menos 30 criminosos, 10 veículos e armamento muito pesado”.

O perito-geral do Instituto Geral de Perícias, Giovani Eduardo Adriano, reforçou que uma série de profissionais está em Criciúma em busca de vestígios e evidências. “Nosso trabalho é coletar essas evidências. Qualquer informação que a população tenha sobre esse crime será util. Temos equipamento e material para combater esse tipo de crime e iremos trabalhar dia e noite para desvendar esse caso”.

O subcomandante-geral da PM, coronel Marcelo Pontes, contou que desde o início da ocorrência os policiais militares atuaram para preservar vidas e imediatamente acionaram todo suporte, inclusive de outros municípios da região. “Nosso trabalho agora é de buscar mais informações. Qualquer pessoa que tiver algum dado, viu alguma movimentação estranha, pode entrar em contato com 190”.

Também participou da entrevista coletiva o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que relatou que o município viveu um momento de terror. “Mas a vida das pessoas foi preservada. Confiamos muito na polícia e na Segurança do Estado de Santa Catarina”, destacou.

Além dos policiais catarinenses, há contatos e mobilização com as polícias de outros Estados, como do Rio Grande do Sul e Paraná, e com a Secretaria Nacional de Segurança, para a união e integração de esforços na ação policial, no Sul do Estado.