VARIEDADES
HQs aprofundam a jornada de Thanos
Vingadores - Ultimato deve encerrar o arco narrativo de Thanos no cinema. No entanto, sua história já foi bastante explorada nos quadrinhos, e é lá que se pode conhecer melhor sua jornada antes do desfecho nas telonas.
Jim Starlin criou Thanos na edição 55 de Homem de Ferro, publicada em 1973, como um personagem secundário, mas já com uma história relativamente complexa. Filho do governante de Titã, lua de Saturno, ele falhou ao tentar tomar o poder do pai no satélite, foi expulso e reuniu um exército para buscar vingança. A maior parte das primeiras narrativas de Thanos está espalhada por edições do antigo Capitão Marvel na década de 1970, reunidas no Brasil nos dois volumes de A Vida e Morte do Capitão Marvel.
Uma das principais diferenças entre o Thanos do cinema e das HQs é a motivação por trás de suas ações. Nas HQs, ele é apaixonado pela personificação da Morte e sua carnificina é uma forma de tentar conquistá-la; nos filmes, age por uma espécie de filosofia neomalthusiana: acaba com metade da vida do universo para preservar os recursos finitos, pois viu sua terra natal agonizar com a superpopulação.
A principal fonte utilizada pelos diretores Anthony e Joe Russo em suas adaptações, porém, é a saga Desafio Infinito, na qual Thanos reúne as Joias do Infinito e aniquila uma porção considerável do universo Marvel. Assim como Guerra Infinita e Cruzada Infinita, menos influentes nos filmes, a série foi publicada no Brasil em 2018. Ainda que alguns dos principais personagens, como o Surfista Prateado e Adam Warlock, não tenham aparecido nos filmes, a essência da trama está concentrada ali.
Uma história mais recente, A Ascensão de Thanos, publicada originalmente em 2013 e reunida em capa dura no Brasil, também é recomendada. A HQ reconta a origem do vilão com tons mais dramáticos e nuances psicológicas que, se não foram plenamente adaptadas pelos irmãos Russo, certamente inspiraram seu conflito no cinema.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.