Segurança
Falso médico é condenado por estelionato, furto e violação sexual em Jaraguá do Sul
Homem possui 28 boletins de ocorrência registrados descrevendo forma semelhante de agir
Um homem, que se apresentava como médico pediatra para aplicar golpes em mulheres, foi condenado a cinco anos e oito meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, no Fórum de Jaraguá do Sul. Ele foi sentenciado depois que uma das vítimas procurou a polícia informando sobre o furta de dinheiro e o cartão de crédito, além de obter vantagens sexuais da mulher.
O acusado foi condenado, em decisão assinada pelo juiz Samuel Andreis, da 2ª Vara Criminal de Jaraguá do Sul, pelos crimes de violação sexual mediante fraude, estelionato e furto mediante fraude. O caso aconteceu na cidade, em abril de 2018. A denúncia do Ministério Público (MP) apontou que o homem conheceu a vítima em um aplicativo de relacionamento.
Durante a conversa, ele se apresentou como médico pediatra e, depois de dias de troca de mensagens, conquistou a confiança da mulher. A jovem então o convidou para visitar a sua casa, onde ele permaneceu hospedado por quatro dias. De acordo com o processo, o acusado se aproveitava de poder de persuasão para convencer a vítima de que era uma pessoa confiável.
A vítima relatou que o homem se valia desta confiança para manter relações sexuais com ela, mediante fraude, já que criou na jovem a expectativa de envolvimento sério. Entretanto, no último dia em que estavam juntos, o homem furtou R$ 100 e pegou o cartão de crédito da vítima, que estavam no apartamento, e fugiu. Com o cartão, o acusado realizou compras e saques, deixando um prejuízo de aproximadamente R$ 4,5 mil à vítima.
Mesmo golpe aplicado em outras cidades
A investigação da Polícia Civil apontou que ele era especialista nesse tipo de golpe e já aplicou golpes semelhantes a outras mulheres em cidades de Santa Catarina e do Paraná. O homem possui 28 boletins de ocorrência e usava sempre a mesma forma de agir. Primeiro, abordava as mulheres em redes sociais ou aplicativos, ganhava a confiança das vítimas e depois marcava encontro pessoalmente.
Após o compromisso, roubava pertences de valor das mulheres. Ele foi preso em setembro do ano passado e na data negou as acusações. Já em juízo, ele confessou ter praticado o furto, mas garantiu que o sexo com a vítima foi consensual.
Ainda em depoimento, alegou que se intitulou médico formado para levar vantagem na paquera. Já a vítima explicou durante a oitiva do processo que, poucos dias antes do fato, havia terminado um relacionamento longo e estava em momento de fragilidade. O juiz ainda negou o direito do réu de recorrer em liberdade.
Fonte: NSC Total
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