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Segurança

Comandante da PM comenta caso de falsa denúncia de crime em escola de Massaranduba

Tenente-coronel Valdeci Oliveira da Silva conta como os policiais descobriram a verdade

18 Mai 2021 - 09h28Por Gabriel Junior
Foto Divulgação/Governo de SC  - Foto Divulgação/Governo de SC -

O comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Valdeci Oliveira da Silva, comentou sobre o caso que mobilizou a comunidade de Massaranduba e da região em razão de uma falsa comunicação de crime na noite desta segunda-feira (17).

Segundo ele, essa ocorrência em Massaranduba teve um desfecho bastante inusitado e até inesperado para o momento em que vivemos. De acordo com a falsa denúncia, uma pessoa teria sido lesionada no estabelecimento de ensino, o que logo foi noticiado por alguns canais de rede social e até alguns canais de imprensa como um possível ataque de pessoa armada com faca em uma escola estadual na cidade de Massaranduba. 

“Isso ganhou uma repercussão muito grande, muito rápida, uma comoção social de grande proporção e as guarnições da Polícia Militar, ao chegarem ao local, logo perceberam não se tratar desse tipo de ocorrência e que seria, no máximo, se confirmado, uma tentativa de furto”, destaca. 

As ações da PM começaram imediatamente, com levantamento de informações, conversa com testemunhas, averiguação do local e de imagens. Logo os policiais perceberam que algumas versões não fechavam e despertaram algumas suspeitas sobre a própria vítima. 

“Ao final, já durante a madrugada, a vítima acabou confessando e sendo conduzida à Delegacia de Polícia Civil, onde também confessou que forjou essa notícia, forjou essa ocorrência, com o intuito de buscar mais segurança para si e para a creche onde sua filha trabalhava”, informa. 

“Talvez se sentindo insegura pelo momento em que outra cidade do Estado sofreu um triste ataque a uma creche, fez uma falsa comunicação de crime, o que, na verdade, é um crime”, completa. 

A suposta vítima deverá responder judicialmente assim que o crime de falsa comunicação for comprovado pela Polícia Civil. 

“Pedimos à população que esse não é o momento para esse tipo de brincadeira – parece uma brincadeira de muito mau gosto – embora a pessoa tenha seus motivos, não se sabe o que passou na cabeça da suposta vítima, da senhora, não cabe a nós julgá-la, mas, não podemos viver esse momento, em que as pessoas venham a brincar com uma coisa tão séria como é esse fato. Esse tipo de ação não ajuda em nada, acaba trazendo uma sensação de insegurança numa comunidade em que nada disso existe e não há nem a possibilidade de um fato desse acontecer, pela segurança que temos no local”, ressalta. 

O comandante garante que o 14º Batalhão deu uma resposta muito rápida à ocorrência de ontem e sempre estará a postos em qualquer suspeita de algo nesse sentido. Ele também esclarece que há uma rede de segurança escolar sempre alerta a qualquer acontecimento.

Relembre o caso 

Uma funcionária criou um cenário falso de crime em uma escola em Massaranduba. Durante depoimento, a mulher de 52 anos acabou confessando aos policiais militares que havia inventado a invasão à escola estadual, tentativa de furto e ainda teria se autolesionado. 

No início da noite desta segunda-feira (17), por volta das 19h40, a PM recebeu denúncias de que um homem armado de faca teria invadido um colégio no Centro de Massaranduba, com intuito de furtar uma bicicleta. 

escola massaranduba

O suposto ladrão teria esfaqueado uma funcionária, a mulher apresentava cortes superficiais. 

Uma guarnição da Polícia Militar do próprio município, com apoio de Jaraguá do Sul, rapidamente chegaram ao local e iniciaram as buscas, já que, segundo informações, o suposto criminoso havia fugido pelos fundos do colégio. 

No depoimento da suposta vítima, a PM percebeu algumas incoerências, fato que chamou a atenção dos PMs. 

Imagens de câmeras de segurança do próprio estabelecimento de ensino não flagraram em nenhum momento a invasão ou qualquer atividade criminosa.

Em determinado momento, ainda durante depoimento, a funcionária confessou que havia inventado toda a história. Nada do que ela tinha relatado anteriormente havia acontecido de verdade e que ainda teria se autolesionado para dar mais veracidade à sua invenção fantasiosa. 

Ao continuar o relato, a mulher - agora acusada por falsa comunicação de crime - foi conduzida à delegacia de Polícia, tentou justificar tal conduta irresponsável, como uma tentativa de pedir mais segurança nas escolas do município, já que ela e a filha trabalham em escolas e ficou muito abalada emocionalmente e assustada com o crime registrado no município de Saudades, no Oeste Catarinense. 

Foi constatado que a mulher usa medicamentos para ansiedade e também já havia passado por acompanhamento psicológico.

 

 

 

 

 

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