Saúde

OMS alerta para avanço preocupante do sarampo na Europa

No Brasil, os dados da OMS apontam 1.045 casos da doença nos primeiros sete meses do ano

01 Set 2019 - 06h00Por Da Redação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na última quinta-feira (29), para um aumento acentuado dos casos de sarampo na Europa: somente no primeiro semestre de 2019, as transmissões ultrapassaram as registradas em todo o ano de 2018. A doença ressurgiu em quatro países europeus onde era considerada erradicada.

"O restabelecimento das transmissões de sarampo é preocupante. Se não houver alta cobertura de imunização com o apoio de todas as comunidades, crianças e adultos sofrerão desnecessariamente, e alguns tragicamente morrerão", afirmou Günter Pfaff, presidente da Comissão Regional de Verificação da Erradicação do Sarampo e da Rubéola.

Segundo a OMS, foram 89.994 casos de sarampo em 48 países europeus nos primeiros seis meses de 2019, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2018, quando houve 44.175 casos. Os números já superam os 12 meses de 2018, quando foram registradas 84.462 ocorrências.

Cerca de 60% de todos os pacientes na Europa em 2019 tinham menos de 19 anos de idade. Apenas quatro países foram responsáveis por 78% dos casos no primeiro semestre: Cazaquistão, Geórgia, Rússia e Ucrânia, este último com 60% desse total.

Os quatro países em que a doença não é mais considerada erradicada são Reino Unido, Grécia, República Tcheca e Albânia. Ao mesmo tempo, Áustria e Suíça confirmaram a erradicação em 2018. O sarampo é considerado erradicado se não há transmissão endêmica da doença por um período de 12 meses ou mais.

No Reino Unido, foram registrados 953 casos em 2018 e 489 nos primeiros seis meses de 2019. Na Grécia, foram 2.193 em 2018 e apenas 29 no primeiro semestre deste ano. Na Albânia, foram 1.466 em todo o ano passado e 475 neste ano. E na República Tcheca, 217 em 2018 e 569 nos primeiros seis meses de 2019.

"Cada um desses países possui cobertura nacional de vacinação extremamente alta. Dessa forma, não são exemplos de países que têm sistemas particularmente ruins", afirma Kate O'Brien, diretora do Departamento de Imunização da OMS. "Esse é o alarme que soa em todo o mundo, o de que não basta conseguir chegar a uma ampla cobertura nacional; ela tem de ser atingida em cada comunidade, cada família, cada criança."

Em 2018, 35 dos 53 países que compõem a região europeia da OMS consideravam o sarampo erradicado. A doença é declarada endêmica em 12 países, incluindo França e Alemanha, onde a vacinação será obrigatória a partir de março de 2020.

Foram registradas ainda 37 mortes relacionadas ao sarampo em 11 países: Ucrânia (18), Macedônia do Norte (5), Turquia (3), Rússia (2), Albânia (2), Geórgia (2), Itália (1), Quirguistão (1), Romênia (1), Espanha (1) e Suíça (1). Mais da metade das mortes (20) foi de crianças com menos de 10 anos.

Casos triplicaram em todo o mundo

Dados divulgados pela OMS em meados de agosto mostraram que, em todo o mundo, o número de casos triplicou nos sete primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2018, chegando a 364.808. Entre janeiro e julho do ano passado, a cifra foi 129.239.

Os números mais altos foram registrados na República Democrática do Congo, Madagascar e Ucrânia. Todas as regiões apresentaram um aumento no sarampo, com exceção das Américas, que registraram um pequeno declínio.

No Brasil, os dados da OMS apontam 1.045 casos da doença nos primeiros sete meses do ano. O país é o segundo das Américas com maior número de contaminados, atrás apenas dos Estados Unidos, que com 1.172 enfrentam seu maior número de casos em 25 anos.

Segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro, foram registrados 907 casos de sarampo entre os dias 5 de maio e 3 de agosto no país, sendo 901 em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro e um na Bahia.

O sarampo é transmitido pelo ar e causa febre, mal estar, tosse e irritações na pele. Apesar de altamente contagiosa, a doença pode ser evitada com duas doses de vacina, mas, segundo a OMS, as vacinações não ocorrem na proporção adequada. Entre as complicações que a doença pode causar estão a cegueira e, no caso das mulheres grávidas, abortos espontâneos.

Fonte: Agência Brasil 


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