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Saúde

Linha de frente contra covid: a rotina na Central de Vacinas em Jaraguá

Vacinadores trabalham em turnos de 12 horas durante a semana e oito horas nos finais de semana. A Central de Vacinas conta com 12 profissionais de saúde para ministrar as doses contra a covid-19.

06 Jul 2021 - 09h46Por Janici Demetrio
Linha de frente contra covid: a rotina na Central de Vacinas em Jaraguá - Crédito: Arquivo / Divulgação Crédito: Arquivo / Divulgação

A pandemia de covid-19 mudou a rotina e a vida dos profissionais da linha de frente. E, isso, não somente dentro dos hospitais.

Na Central de Vacinas Covid, montada no Parque Municipal de Eventos em Jaraguá do Sul, desde o inicio da vacinação, em janeiro, técnicos de enfermagem e um enfermeiro cumprem turnos de 12 horas durante a semana e oito horas aos finais de semana. Oito profissionais de saúde ministram as vacinas e revesam algumas horas, quando é possível, com outros quatro que são encaminhados dos postos de saúde para auxiliar na imunização.

“É uma rotina bem cansativa, mas necessária. A vacinação precisa ocorrer e não temos profissionais suficientes para uma escala mais ampla de revesamento”, salienta a supervisora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Cristina Kneipp.

A rotina dos vacinadores, muitas vezes, não se resume apenas a aplicar a vacina e chamar o próximo da fila. Há momentos em que eles têm que parar para ouvir.

“Lidamos com emoções. Temos que acolher a pessoa que chega até nós e quer falar, contar sua história, desabafar. Alguns tiveram perdas, chegam emocionados, choram muito ou estão tão felizes em receber a vacina, que querem expressar isso. Não podemos virar as costas para essas pessoas”, afirma Rozane Laurentino Bruning, que trabalha na Central de Vacinas desde o início da imunização.

A técnica em enfermagem conta com a experiência de atuar com vacinação desde 2004. Mesmo assim, afirma que a covid-19 trouxe outros desafios.

“Ficamos muito mais cansados, não é só o imunizar, tem toda uma carga psicológica e emocional. Às vezes somos xingados por coisas que nem são de nossa competência”, revela Rozane, que também lamenta a atitude de algumas pessoas que querem escolher a vacina e acabam sendo grosseiros com os profissionais de saúde.

“Um individualismo muito grande e não funciona assim, todas as vacinas são eficazes, não tem porque escolher”, pontua.

Todos os profissionais que atuam na Central são capacitados para exercer este trabalho, vieram da rede, das salas de vacinas, reforça Ana Cristina Kneipp.

“São pessoas que estão há anos trabalhando com imunização, sabem dos protocolos, das técnicas e controles que devem ser observados, as pessoas podem ficar tranquilas em relação a isso”.

Além dos vacinadores, um grande suporte também é dado pelos agentes comunitários que atendem nos guichês e porta de entrada. São eles que recebem as pessoas, conferem os documentos e encaminham para a vacinação. Tudo de forma rápida e eficiente. Para manter o pavilhão limpo e organizado, os trabalhos ficam por conta da zeladoria.

Jaraguá do Sul tem capacidade para imunizar mais de 1.500 pessoas por dia, basta ter vacina suficiente para atender a demanda.

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