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Saúde

Dezembro laranja marca campanha de prevenção ao câncer de pele

Em Jaraguá do Sul, 10 médicos dermatologistas participam voluntariamente da campanha no sábado (7).

03 Dez 2019 - 17h00Por Da Redação

O dezembro laranja marca a campanha de prevenção do câncer de pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em Jaraguá do Sul, 10 médicos dermatologistas participam voluntariamente da campanha no sábado (7). A iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. Na ocasião, serão oferecidos atendimentos gratuitos visando a detecção de casos, no Centro Vida, das 9 às 15 horas. Os casos suspeitos serão encaminhados para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No país, a expectativa é de que cerca de quatro mil médicos voluntários prestem atendimento gratuito para 30 mil pessoas. As consultas serão realizadas em cerca de 130 postos espalhados pelo Brasil. O mutirão ocorre desde 1999 e já beneficiou 600 mil pessoas.

Outra iniciativa da 21ª campanha é a divulgação de informações sobre medidas de proteção solar e sobre o reconhecimento de casos suspeitos de câncer de pele, tanto na mídia tradicional como nas plataformas digitais, marcadas com as hashtags #Dezembro Laranja e #SinaisdoCancerdePele. Personalidades e lideranças participarão do movimento vestindo laranja e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha.

Coordenador da campanha em Jaraguá do Sul, o dermatologista Michel Mentges (na foto acima) esclarece que o evento ocorre na cidade há 10 anos e que nas últimas edições, em média cerca de 30 casos foram encaminhados para exames que confirmem a suspeita. “O importante é ter um diagnóstico precoce, uma vez que as estatísticas mostram Santa Catarina como o Estado com maior incidência deste tipo de câncer no Brasil”. A colonização europeia, com pele clara, e a exposição ao sol por causa de atividades expostas, como a agricultura, são fatores que potencializam esta posição.

Por não ser uma doença com notificação compulsória, que é quando a lei exige a comunicação do caso às autoridades de saúde, como o sarampo, por exemplo, as estimativas envolvendo números de câncer na cidade não são oficiais e não abrangem a totalidade da realidade.

De acordo com a Instituto Nacional do Câncer (Inca), de cada quatro casos de câncer no ser humano, um é de pele. Estima-se que anualmente no Brasil são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Noventa e cinco por cento dos casos são carcinomas, que tem letalidade baixa, mas ainda assim provocam cerca e 1,9 mil óbitos a cada ano no país. Menos comum, o câncer melanoma é o tipo mais agressivo, com alto potencial de causar metástases (espalhando-se para outros órgãos) e, por este motivo, mata 1,7 mil pessoas por ano. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer de pele não melanoma. Uma boa notícia envolve a diminuição de 10 mil casos de novas ocorrências deste tipo em relação ao biênio anterior.

Sobre o câncer de pele - Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem vários tipos que se manifestam de formas distintas, sendo os mais comuns os denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, tem alta chance de cura.

Em todos eles, além de fatores genéticos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco desencadeador da doença. Manifesta-se como um pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele ou perolado (brilhoso), como uma ferida que não cicatriza, ou como uma lesão com superfície áspera, verrucosa.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com regularidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examinem familiares, pois, muitas vezes, os cânceres aparecem em regiões em que não é possível a visualização sem a ajuda de alguém. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas com protetor solar, mesmo em dias frios e nublados.

Medidas fotoprotetoras - As recomendações básicas da SDB incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 9 às 15 horas), utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram parte do corpo, procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de, no mínimo, 30, que deve ser reaplicado em intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água. Os efeitos do sol sobre a pele são cumulativos durante a vida, portanto, os hábitos de proteção solar devem ser estimulados desde a infância.

 

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