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Saúde

Dengue já bate recordes em Jaraguá do Sul

Neste momento é vital permitir a entrada dos agentes de Endemia em imóveis para permitir o rastreamento dos focos do Aedes Aegypti

20 Nov 2020 - 16h21Por Gustavo Henrique Reif

 

Mesmo com o foco principal voltado ao atendimento relacionado à pandemia do novo coronavírus-Covid 19, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Jaraguá do Sul também tem mantido o trabalho intenso e preventivo em relação a outras endemias como é o caso da dengue. Apesar disso, infelizmente o número de pontos de proliferação das larvas no mosquito Aedes Aegypti tem aumentado na cidade.

Dados do setor de Zoonoses da Secretaria apontam que em relação a 2019, o número de focos na cidade apresentou um aumento de 78,05% pulando de 41 para os atuais 73 focos. Já no número de casos suspeitos saltou de 48 ocorrências no ano passado para 79 até o momento (64,58%). Outro dado que chama atenção é o número de casos confirmados de dengue que chegou a 24 casos contra apenas três em 2019 (700%). Índice este que já supera os registrados em 2011 e 2013 - período que o País viveu um surto da dengue – que foram de 22 pacientes em Jaraguá do Sul.

Segundo a supervisora do Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Aline Cristiane Borba Monteiro, os focos positivos detectados para Aedes Aegypti nos últimos 10 dias concentraram-se nos bairros: Vila Lalau, Czerniewicz, Vila Baependi, Rio Molha, Estrada Nova, Francisco De Paulo. “Agora estamos trabalhando em um Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (lira'a), que se trata de uma visita por amostragem em todos os bairros de Jaraguá do Sul, que variam de 20% ou 50% de imóveis de cada bairro” observou a supervisora. “Neste trabalho é feito um sorteio através de sistema baseado no número de imóveis térreos do município. Esse levamento ocorre somente em municípios infestados que é o caso de Jaraguá”, observou.

Aline disse que é necessário neste momento que os munícipes recebam e cumpram as orientações passadas pelos agentes de endemias, para a segurança de seu imóvel e da comunidade. Esses agentes estão devidamente identificados com coletes e crachás fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde.  “Apesar do covid dificultar a entrada nas residências, é de suma importância essa visita de nossa equipe. Para se ter uma ideia, Joinville está ao lado de Jaraguá e vive uma epidemia de dengue, possui um descontrole nos casos e focos. Para chegar aqui é muito rápido, principalmente se o ambiente estiver propício à proliferação do mosquito”, apontou a supervisora de Zoonoses.

Prevenção - A melhor forma de evitar a dengue é eliminando os focos de acúmulo de água, para que o mosquito não possa se reproduzir. Para isso, é importante tampar reservatórios de água, como caixas d'água, cisternas, tanques e fossas; e não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, tambores, latões, sacos plásticos, lixeiras, calhas, entre outros.

Larvas são encontradas em bromélias - Um vídeo produzido pela equipe de Controle de Zoonoses em uma residência da cidade mostra que o mosquito transmissor também escolhe outros lugares inusitados para depositar seus ovos como entre as folhas de bromélias, planta ornamental muito comum nos lares da cidade. Na filmagem, larvas do Aedes nadam na água que se acumulou no interior na planta. “Quanto às bromélias, podemos afirmar que não havia incidência de larvas até bem pouco tempo. Porém como o mosquito vem se adaptando às mudanças de ambiente hoje observamos que as bromélias também são propícias para proliferação das larvas como a imagem mostra. O ideal nesse caso é fazer uma limpeza jateando com água essas plantas para a eliminação de larvas e ovos uma vez por semana. Outra solução seria substituir por outro tipo de planta que não acumule água entre sua folhagem”, recomendou Aline.

“É preciso es atento. A dengue é uma doença muito séria. Inclusive se uma pessoa for reinfectada seu quadro pode evoluir para dengue hemorrágica, o estágio mais grave dessa moléstia, e pode até morrer”, complementou a supervisora.


NÚMEROS DA DENGUE EM JARAGUÁ DO SUL

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