POLÍTICA
Suplente de Onyx, ex-jogador diz que apoiará pauta de Bolsonaro na Câmara
Pego de surpresa com a convocação para assumir o cargo de deputado federal no lugar de Onyx Lorenzoni, o ex-jogador de futebol Washington Coração Valente (PDT-RS) afirmou que estará alinhado às pautas defendidas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro na Câmara. "Eu tenho a minha linha de conduta e de pensamento e é com ela que eu vou seguir. Essa minha linha provavelmente será alinhada com o presidente sim", afirmou.
Washington Stecanela Cerqueira era suplente na coligação do DEM, partido de Lorenzoni. Ele foi candidato à Câmara em 2014 pelo PDT do Rio Grande do Sul, mas não se elegeu. Em 2018, ele não se candidatou. Atualmente é dirigente do clube Itabaiana, de Sergipe.
Ele se encontrou com Lorenzoni rapidamente na tarde desta segunda-feira, 5, na Câmara. O ex-jogador deverá tomar posse nesta terça, 6, durante a sessão do plenário da Casa. Washington ficará no mandato até o fim de janeiro, quando acabará a atual legislatura.
"Estou assumindo uma cadeira importantíssima de um deputado influente, que está fazendo um grande trabalho e temos que ter a responsabilidade de dar continuidade ao que ele já vinha fazendo, claro, com as minhas ideias, mas tenho que apoiá-lo", disse.
Questionado sobre se há uma preocupação de entrar em atrito com o seu partido devido a sua posição de apoio a Bolsonaro - o PDT será oposição ao futuro governo -, Washington disse não temer problemas.
"Acho que não, até porque não teremos muito tempo. Quero dar continuidade ao trabalho do deputado Onyx, mas também vou seguir a minha linha de pensamento", disse. O novo deputado afirmou que priorizará pautas ligadas ao esporte, à saúde e à segurança.
Questionado sobre a proposta de Bolsonaro de extinguir o Ministério do Esporte, Washington afirmou não ver grandes problemas desde que as políticas voltadas para o setor sejam mantidas.
"Isso não quer dizer necessariamente que ele vai cortar recursos para o esporte. A gente vai conversar muito. O esporte também ajuda na questão da saúde e da segurança. Então, esse alinhamento eu acho que ele não vai deixar de fazer", afirmou.