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POLÍTICA

Onyx: há vários nomes para Meio Ambiente; já temos linha e pré-estudo sobre área

12 Nov 2018 - 19h24Por Anne Warth e Leonencio Nossa

O ministro extraordinário, Onyx Lorenzoni, disse que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro tem "vários nomes" para o Ministério do Meio Ambiente e já definiu uma "linha" de atuação. Segundo o ministro, Bolsonaro deve receber um pré-estudo sobre a área. De acordo com ele, o nível de preservação das matas brasileiras é superior ao verificado em outros países.

"Estamos debruçados. Existem vários nomes. Já temos uma linha. O presidente inclusive vai receber um pré-estudo que fizemos", disse. "A média de conservação dos países com território semelhante ao nosso é de 10%. O Brasil tem 31% de preservação de sua matas. É três vezes mais."

Questionado se esse dado permite que o País reduza o nível de proteção ambiental, o ministro perdeu a paciência. "Claro que não né, amigo. Será irresponsabilidade escrever ou falar isso. Vamos preservar o Brasil, mas com altivez. Não dá para vir a ONG da Noruega ou da Holanda e vir aqui dizer o que temos de fazer. Lá em qualquer palmo d'água eles plantam tudo", disse.

Jornalistas observaram que as atividades de custeio do Ibama só não foram paralisadas neste ano devido a uma doação de R$ 140 milhões da Noruega, através do Fundo Amazônia. O dinheiro será aplicado em ações de fiscalização ambiental e controle do desmatamento no bioma amazônico por 36 meses, a partir de maio deste ano.

De acordo com o ministro, porém, o Ibama aplicou multas no valor de R$ 14 bilhões nos últimos anos a empresas, dos quais 40% ficaram com Organizações Não-Governamentais (ONGs) nacionais e estrangeiras.

"Quem salvou o Ibama? A legislação brasileira não vale nada, o que fizemos não vale nada? E a floresta norueguesa, o que preservaram?", disse o ministro. "O Brasil preservou a Europa inteira territorialmente com nossas matas, cinco Noruegas. Os noruegueses têm que aprender com os brasileiros e não nós com eles."

Agenda

Bolsonaro chega nesta terça-feira, 13, na base área de Brasília e vai direto para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde fica a equipe de transição. De manhã, segundo o ministro, as conversas devem girar a respeito da formatação do governo, a estrutura ministerial e os nomes indicados para assumir algumas pastas. "As definições, eu espero, devem acontecer a partir de amanhã, já", disse.

"Essa definição ainda depende do presidente", disse Onyx, ao ser questionado sobre o número de ministérios que o governo terá. "Espero que já possamos falar em um desenho definitivo na quarta-feira. Mas essa é uma escolha do presidente."

Onix reconheceu que algumas ideias podem ser ajustadas, pois, no desenho inicial, alguns ministérios poderiam ficar com muitas secretarias. "Fica muito complexo de poder obter o resultado que a gente quer. O que está claro para todos nós é que o governo precisa encolher", disse o ministro. "Saúde e educação são temas em que devemos avançar nas próximas duas semanas", afirmou.

Amanhã à tarde, Bolsonaro deve ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde deve se encontrar com a ministra Rosa Weber. O presidente eleito também deve ir ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e no Superior Tribunal Militar (STM).

Na quarta-feira, Bolsonaro deve passar a manhã no CCBB. À tarde, ele deve receber parlamentares e representantes dos embaixadores.

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