Política
Mudanças em fevereiro
Confira os bastidores da política desta quarta-feira (22) com o comentarista Cláudio Prisco Paraíso

Assim como Jorginho Mello em Santa Catarina, o presidente Lula da Silva vai aguardar a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado para então promover uma minirreforma no seu Ministério. Só antecipou a Comunicação porque a situação é de absoluto descontrole.
Agora, as demais alterações vão aguardar justamente a retomada das atividades do Congresso Nacional, embora já se saiba que dificilmente o controle da Câmara fugirá da eleição de Hugo Motta, filiado ao Republicanos da Paraíba. No Senado, o nome é de Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá.
Mas, mesmo assim, ele vai tentar reforçar o seu Ministério na direção de três partidos estratégicos: União Brasil, MDB e PSD.
Os últimos dois foram os que elegeram o maior número de prefeitos no ano passado. Aliás, o União Brasil foi o terceiro. Os três somados ficaram com mais de dois mil prefeitos, quase a metade das prefeituras brasileiras. E a estratégia é contar com esses partidos no projeto de reeleição do atual inquilino do Palácio Planalto.
Território
Não só pela estrutura partidária espalhada pelas cinco regiões brasileiras, mas, também, na tentativa de fazer com que esses partidos não apenas não venham a lançar candidatos à presidência, como possam vir a respaldar a recandidatura de Lula da Silva.
Quem?
O MDB, na verdade, não tem nome; e o PSD já tem Ratinho Júnior do Paraná, mas sabe-se que ele vai ao Senado. Ou seja, são siglas grandes, capilarizadas, mas sem um líder de envergadura nacional.
De Goiás
Sobre o União Brasil, não se pode dizer a mesma coisa. Ronaldo Caiado colocou o bloco na rua. É candidatíssimo. A articulação é no sentido de trazer o Novo, na figura do governador mineiro. Assim como Caiado, Romeu Zema foi reeleito. A partir daí, a ideia é tentar também atrair o apoio de três outras siglas: o PP, o Republicanos e também o PL, naturalmente.
Ex-presidente
A expectativa é a de que o PL de Jair Bolsonaro não faça o que fez em 2024, lançando candidatos contra nomes respaldados por governadores em capitais e grandes municípios, como aconteceu em Curitiba e Goiânia.
Derrotas
Ali, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado derrotaram Bolsonaro, já que os candidatos do ex-presidente e os dos dois governadores se enfrentaram. Então é hora de raciocinar com inteligência.
Incógnitas
Bolsonaro pode estar pensando em lançar o filho, Eduardo Bolsonaro? Ou em fechar um acordo da direita?
Alguns formuladores raciocinam na seguinte direção: formalizar um acordo reunindo PL, PP, Novo, União e Republicanos. São cinco grandes partidos.
Dúvidas
Com um detalhe. Nada garante que o PSD e o MDB, que não têm candidatos à Presidência, vão efetivamente estar com Lula. Poderão não estar com a candidatura de direita, mas bem que poderiam assumir postura de neutralidade?
Espectro
Isso faria com que Lula da Silva não conseguisse penetrar nos partidos do centrão e ficasse apenas nas mãos das siglas ideologicamente à esquerda. O que o enfraqueceria no projeto de reeleição.
Ladeira abaixo
Ainda mais considerando a situação de absoluto descalabro da economia brasileira. E a tendência é que a situação se recrudesça, não apenas no segundo semestre desse ano, mas especialmente em 2026.
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