POLÍTICA
Governo pode privatizar a BR Distribuidora, diz Mourão
A privatização da BR Distribuidora é uma possibilidade que está sendo estudada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), explicou o futuro vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão. "Não coloquei que o governo deve privatizar a BR Distribuidora, mas que o governo pode", frisou o militar na manhã desta quarta-feira, 14, em entrevista à Rádio Eldorado.
"Existe esta visão do presidente Bolsonaro, de que poderia privatizar. Já conversei com pessoas do ramo e considero que seria muito bom, então estamos caminhando nesta direção", apontou Mourão.
O vice-presidente eleito ressaltou que a possibilidade de a medida ser efetivada é sua percepção, diante de declarações e posicionamentos anteriores de Bolsonaro, inclusive durante a campanha presidencial.
Câmara
A posição do governo eleito em relação aos nomes cotados para assumir a presidência da Câmara na próxima legislatura é uma questão que ainda não tem uma definição, afirmou Hamilton Mourão. "É um problema que vai se delinear na próxima legislatura", disse o militar à Rádio Eldorado.
Evitando se comprometer com os nomes, Mourão afirmou, porém, que Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem chances de seguir no cargo. "Acredito que o deputado Rodrigo Maia, pela sua capacidade e experiência, tem grandes condições de ser reconduzido ao posto", disse.
Maia se reuniu pela manhã com Jair Bolsonaro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está instalado o gabinete de transição. O deputado saiu sem falar com a imprensa.
Ainda na entrevista, Mourão afirmou que a chance de o Ministério da Educação ser assumido por um militar de carreira é reduzida. "De zero a dez, diria que é menor do que cinco", comentou.
Declarações recentes de Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do presidente eleito, sobre enquadramento de movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), como organizações terroristas também foram comentadas pelo vice-presidente. "O juiz Sérgio Moro, que vai assumir o ministério da Justiça e aconselhar o presidente Bolsonaro nestas questões, já se posicionou e disse que não concorda com o enquadramento como terroristas", pontuou Mourão.