Política
Fora do jogo
Confira os bastidores da política desta quarta-feira (19) com o comentarista Cláudio Prisco Paraíso

Jair Bolsonaro está inelegível e não vai ganhar a condição de poder disputar as eleições de 2026. Por razões óbvias, o establishment não deseja a sua candidatura. O sistema já desempenhou papel determinante na sua derrota para Lula da Silva em 2022, com uma condução do processo eleitoral viciada, tendenciosa e parcial. Simples assim. Agora, ainda com a possibilidade da sua condenação, igualmente absurda, como a sua condição de inelegibilidade. Em compensação, um corrupto juramentado, foi descondenado, libertado, com seus direitos políticos restabelecidos, eleito com a ajuda do sistema, e exerce hoje, de maneira desastrosa e irresponsável, a Presidência da República.
Apenas isso. Mas muito bem, no evento de Copacabana, na manifestação, pela primeira vez Bolsonaro admitiu a possibilidade do encerramento do seu ciclo político. E aqui entre nós, como dizia o engenheiro Leonel de Moura Brizola, “francamente”, Jair Bolsonaro foi longe demais.
Ter sido presidente da República por quatro anos já foi uma dádiva. E agora? Tem que passar o bastão.
Mas não se trata de passar o bastão para alguém da família, lançando a ex-primeira-dama, Michelle, ou um dos dois filhos, Flávio ou Eduardo. Não. Isso é despropositado.
Divisão
Isso vai criar um racha no eleitorado conservador. Há quem diga que isso ficaria restrito ao turno inicial do pleito. Mas, no segundo turno, quem carimbar o passaporte pode ter sérias dificuldades de contar com o apoio dos derrotados no mesmo espectro ideológico. É uma realidade inquestionável.
Cenários
Se Bolsonaro, de forma antecipada, respalda o nome de Tarcísio de Freitas como seu sucessor, a possibilidade de uma acomodação reunindo Ronaldo Caiado ou Romeu Zema, ela é muito provável, ela passa a ser factível. Diferentemente se for um membro da família. De modo que chegou o momento de raciocinar em grupo e não de forma isolada e limitada.
Personalismo
Temos que acabar com essa história de uma candidatura de alguém que leva o sobrenome Bolsonaro. Tarcísio é disparado o melhor nome. Pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Estudos e Planejamento, que pertence à USP, Universidade de São Paulo, mostrou que 42% desejam a candidatura de Tarcísio como sucessor de Bolsonaro.
Grupo
Foram quase 500 consultados ao longo da manifestação em Copacabana, no domingo. Michelle Bolsonaro aparece com a metade da preferência, 21%.
Sequência
Depois, aparecem Eduardo com 16%, Flávio com 6%. Tarcísio fez um discurso articulado, forte e totalmente alinhado a Jair Bolsonaro. Chegou mais do que o momento de um comportamento cristalino da parte do ex-presidente. Acenando com novas perspectivas para 2026.
Será?
E olha, se ele adotar essa postura, e o discurso já foi uma sinalização, talvez o Supremo Tribunal Federal seja um pouco mais complacente e não decrete a sua prisão. Agora, se ele insistir nessa candidatura, inviável, a punição pode ser maior ainda. Então, a pergunta que fica no ar é a seguinte: mas ele deve ceder em função dessa ameaça? Não.
Projeto
Ele deve ceder na direção de um projeto com possibilidade de vitória em 2026. E isso não passa por uma candidatura da família Bolsonaro. Ponto. Necessariamente passa pela candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, compondo com Caiado ou Zema. Alias, Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país.
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