Política
Educação na berlinda
Confira os bastidores da política com o comentarista Cláudio Prisco Paraíso

Cada governador tem o seu próprio estilo. Governa de acordo com a sua característica. O colunista tem acompanhado a rotina deles desde 1979, com a investidura, em 15 de março, de Jorge Konder Bornhausen, que foi o último a ser indicado pelos governos militares.
O nome dele mereceu a aprovação pela Assembleia Legislativa, com eleição indireta. Vale lembrar que alguns governadores faziam reformas anuais no seu secretariado. Ou a cada dois anos, ou, ainda, eventualmente, minirreformas no colegiado, mas claramente houve mandatários que não gostavam de mexer no primeiro escalão.
Diferentemente do que acompanhamos hoje em relação a Jorginho Mello. É um líder desassossegado que, a todo momento, modifica seus integrantes do primeiro escalão. Já no primeiro ano de sua gestão, Jorginho fez modificações. E agora, no final do ano passado, e no início desse, também fez uma bela reformulação e já está avaliando a possibilidade de mexer novamente na estrutura governamental.
Amigos
A bola da vez converge para a Secretaria da Educação, cujo titular é um amigo de longa data do governador. Com origem no Meio Oeste. É o professor Aristides Cimadon, a quem coube implementar o programa Universidade Gratuita. Ele teve, inclusive, o seu nome lembrado, na metade do governo Bolsonaro, para o Ministério da Educação.
Ministério
Na oportunidade, o então senador Jorginho Mello o levou a Brasília para uma conversa com o inquilino do Palácio do Planalto. O nome de Cimadon foi considerado. Mas, no fim das contas, Bolsonaro fez uma escolha em outra frente.
Carmen e Cimadon
Quando Jorginho Mello se elegeu, dois nomes surgiram como naturais para compor o secretariado. O da deputada federal reeleita pelo Cidadania, Carmen Zanotto, para a Saúde, e o próprio Cimadon para a Educação.
Desgaste
Ocorre que desde o segundo semestre do ano passado, se fala na possibilidade de ele deixar o governo.
Sucessão
Além de reitor da Unoesc, Cimadon também presidia a Acafe. Com sua a sua chegada ao governo do Estado, como secretário da Educação, ele foi sucedido pela reitora da UNESC, de Criciúma, Luciane Ceretta.
Estrutura
Dito isso, parece que Jorginho Mello não anda muito satisfeito com o ritmo das obras na Educação.
Programa
Insatisfação que nada teria a ver com o programa Universidade Gratuita e outros programas em curso, mas é mais naquela direção do dia-a-dia, da infraestrutura educacional, das obras de reforma, de ampliação das escolas e tudo mais.
Olhando para 2026
Isso poderia estar provocando desgaste a Cimadon, também porque Jorginho Mello é candidatíssimo à reeleição.
Ela
Por isso, o nome especulado para o lugar de Cimadom é justamente o de Luciane Ceretta. Tanto ela quanto o próprio governador negam qualquer mudança, mas tudo leva a crer que poderemos chegar ao final do mês de abril com mudanças na Educação, com o governador focado na sua recondução e na necessidade de consolidar a posição no setor educacional.
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