POLÍTICA

D.O. extra traz seis exonerações no Ministério da Educação

11 Mar 2019 - 23h03Por Julia Lindner

O governo Jair Bolsonaro (PSL) formalizou mais seis demissões no Ministério da Educação na tarde desta segunda-feira, 11. Entre os exonerados está o coronel da reserva Ricardo Wagner Roquetti, cuja demissão foi exigência do presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Também foram demitidos dois ex-alunos do escritor Olavo de Carvalho, considerado o 'guru da direita': o chefe de gabinete do MEC, Tiago Tondinelli, e o assessor especial do ministério, Sílvio Grimaldo de Carvalho.

Nos últimos dias, Grimaldo, que foi comunicado da demissão na última sexta-feira, acusou o secretário-executivo Luiz Antonio Tozi, considerado do grupo técnico do MEC, e o militar Ricardo Wagner Roquetti de manipularem Vélez. O militar acabou sendo demitido também por pressão da ala olavista.

Grimaldo postou em sua página no Facebook que o "expurgo de alunos do Olavo de Carvalho do MEC é a maior traição dentro do governo Bolsonaro que se viu até agora" (sic). "Nem as trairagens do Mourão ou Bebianno chegaram a esse nível". Ele ainda compartilhou uma publicação de seu guru Olavo, em que diz "tudo o que estão dizendo e fazendo contra os meus poucos alunos que têm cargos no governo é para bloquear a Lava-Jato na Educação".

Nesta segunda, o tenente-coronel Claudio Titerics, também foi demitido com o grupo, além do adjunto da Secretaria-Executiva, Eduardo Melo, e um diretor da Fundação Joaquim Nabuco, Tiago Diniz.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a crise no MEC provocou um motim dentro da pasta para enfraquecer e derrubar Vélez Rodríguez. Funcionários ligados ao escritor Olavo do Carvalho passaram a ventilar nomes de possíveis substitutos alinhados ideologicamente a eles. O movimento exacerba a rivalidade entre os três grupos presentes na pasta, ideólogos, militares e técnicos.

Enquanto isso, Vélez despachou hoje normalmente em seu gabinete, mas cancelou uma viagem de 14 dias que faria a Israel, Alemanha e Dubai, que começaria nesta segunda. Ele teve reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto e participou de videoconferência com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que está em viagem oficial na Antártida.

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