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POLÍTICA

Deputados boicotam reunião com Witzel em protesto por política de segurança

07 Mai 2019 - 00h19Por Fábio Grellet

Nove dos 46 deputados federais eleitos pelo Estado do Rio de Janeiro recusaram o convite do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), para uma reunião sobre a reforma da Previdência, ocorrida nesta segunda-feira, 6, no Palácio Guanabara, a sede do governo estadual, em Laranjeiras (zona sul), em protesto contra a política de segurança defendida por Witzel.

O grupo, integrado por parlamentares do PSOL, PT, PDT e PCdoB, divulgou nota em que critica a "política homicida que vem sendo posta em prática no Estado e divulgada com fervor nas redes sociais do governador": "Witzel anuncia a ação, entra no helicóptero e estaria, supostamente, numa das aeronaves no momento em que aparecem sendo feitos disparos de cima contra favelas de Angra dos Reis. Pessoas com envolvimento em crimes devem ser julgadas e punidas de acordo com as leis do Estado brasileiro. O governador do Rio não pode, por decisão sua, instaurar a pena de morte, em frontal desrespeito à Constituição brasileira, ou colocar em risco a vida de moradores dessas comunidades", afirma a nota, assinada por Jandira Feghali (PCdoB), Benedita da Silva (PT), Alessandro Molon, Chico D'Angelo e Paulo Ramos (PDT), Marcelo Freixo, Glauber Braga, Talíria Petrone e David Miranda (PSOL).

"A política adotada por Witzel é inconstitucional, de lesa-humanidade e fere tratados internacionais assinados pelo Brasil, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma. Essa política banaliza a violência e oficializa a barbárie num estado que já convive com um aumento alarmante de mortes decorrentes de ação policial. O primeiro trimestre de 2019 já registra o maior número de mortes deste tipo em dez anos, com aumento de 450%. Tomaremos providências no âmbito nacional e internacional contra a repugnante e criminosa ação do governador, que quer transformar o extermínio em política de segurança pública", conclui a nota.

A reportagem procurou o governador na noite desta segunda-feira, por meio de sua assessoria, para se pronunciar sobre as acusações feitas pelos deputados, mas não conseguiu contato até as 23h.

Reunião. À noite, Witzel divulgou nota sobre a reunião, sem mencionar o boicote dos nove deputados. "Foi uma reunião de aproximação, com o objetivo de conversar com os deputados e tentar buscar o consenso em algumas propostas sobre a reforma da Previdência. Os deputados ainda têm muitas questões a serem esclarecidas, especialmente com algumas categorias que podem ter algum aumento significativo de trabalho, como é o caso dos professores. Temos que ter em mente que, se não for feita a reforma da Previdência, nós podemos entrar em colapso", afirmou Witzel no texto.

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