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Indústria rejeita alta de impostos em qualquer nível, diz FIESC

30 Mar 2017 - 17h57
“Qualquer medida que resulte em aumento no volume de impostos pagos pelas empresas e pelos cidadãos, seja em nível federal, estadual ou municipal constitui mais um obstáculo à volta do crescimento econômico, indispensável para que o país possa reduzir o desemprego, que está insustentável”, diz o presidente da entidade, Glauco José Côrte.

“O argumento do governo, de que a desoneração da folha de pagamento não produziu os efeitos esperados entra em contradição com a justificativa que o próprio governo usa para manter o incentivo a alguns setores: o de que eles são importantes geradores de postos de trabalho”, avalia o presidente da FIESC. “Ou seja, se a desoneração não gerou grandes volumes de emprego, certamente evitou a eliminação de muitos”, explica.

A entidade considera que o ajuste fiscal é imprescindível ao país, mas defende que ele seja promovido por meio da redução do custeio da máquina pública e por meio das reformas estruturais, como a da previdência.

“Usar o velho atalho de reequilibrar as contas públicas transferindo novamente a conta para a sociedade é frustrante para o setor produtivo, pois inibirá o consumo, uma vez que a alta de impostos será repassada aos preços, pois as empresas não têm condições de absorver essa elevação de custos”, afirma Côrte.

“Da mesma forma, reduzir os já escassos investimentos públicos em infraestrutura para fechar as contas é um equívoco”, completa, referindo-se ao anúncio do corte de R$ 10 bilhões no orçamento do PAC.