Aumento

Homicídios crescem pelo terceiro ano consecutivo em Santa Catarina

09 Fev 2017 - 11h08
A escalada de homicídios em Santa Catarina impulsionou as estatísticas pelo terceiro ano consecutivo em 2016: foram registrados 889 assassinatos entre janeiro e dezembro do ano passado, o que representa média de 17 novos casos a cada semana. O aumento foi de 7,6% em relação ao ano anterior, reforçando a curvatura crescente nas estatísticas desde 2014.

São Francisco do Sul, no Norte do Estado, e Florianópolis foram as cidades que enfrentaram os maiores saltos em número de mortes. Dados da Secretaria do Estado da Segurança Pública (SSP/SC) revelam que a violência em São Chico mais do que dobrou de um ano para o outro, enquanto a Capital registrou aumento de 54,9% no período de 12 meses.

Considerando a proporção entre a quantidade de crimes e o tamanho da população, o município do Norte ganha lugar entre as cidades mais violentas do país. Isso porque registrou taxa de 66,4 homicídios por grupo de 100 mil habitantes no ano passado. Para se ter ideia, o Brasil apareceu em primeiro lugar entre países no ranking mundial de assassinatos em 2015 com 29 casos para cada 100 mil habitantes, índice considerado epidêmico pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em Santa Catarina, o índice foi de 12,9 mortes no ano passado. A elevação de homicídios em Itajaí, Camboriú e Lages também passou da casa dos 20% em 2016. Cidades como Joinville e Chapecó registraram praticamente a mesma proporção de casos do ano anterior. A exceção é Criciúma e São José, que observaram a incidência de assassinatos cair em 41% e 2,7% respectivamente (veja mais no quadro abaixo).

Guerras entre grupos rivais têm sido apontadas pelas forças policiais como o pano de fundo para a maioria das mortes, especialmente na disputa territorial do tráfico de drogas. Esses conflitos, aponta o diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, Verdi Furlanetto, também estão por trás dos assassinatos mais recentes – Florianópolis somava 26 mortes no ano até quarta-feira, um terço dos casos registrados em todo 2015.

 

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