Operação

Empresas investigadas desde 2014 devem ressarcir R$ 167 milhões a SC

30 Mar 2017 - 11h40
A Secretaria da Fazenda de Santa Catarina emitiu na segunda-feira (27) oito notificações fiscais a empresas da região Norte catarinense suspeitas de participar de um esquema de sonegação fiscal na venda de bebidas investigado desde 2014 na Operação Arion II. O total solicitado para ressarcir os cofres públicos é de R$ 167 milhões.


Conforme a Secretaria da Fazenda, foram contabilizados na operação CNPJs de uma indústria de bebidas e mais 43 empresas distribuidoras que atuariam no esquema de comercialização sem nota fiscal. Entretanto, somente oito notificações foram expedidas na segunda, porque grande parte das investigadas sequer existia ou contava com laranjas.

De acordo com a Secretaria, as notificações foram emitidas dois anos depois por um longo trabalho de auditoria fiscal do montante sonegado. Os notificados ainda terão 15 dias para entrar com um processo administrativo, que deve ser julgado pelo Tribunal Administrativo Tributário.

Ainda de acordo com a secretaria, um dos grupo empresariais investigados no Norte do estado tinha empresas de fachadas, com distribuidoras em quase todos os estados. De acordo com a Fazenda, pessoas que compraram essas bebidas sem nota também podem sofrer notificação posteriormente, pelos documentos apreendidos no processo.

Operação Arion II
Em 25 de abril de 2015, 12 pessoas suspeitas de integrar o esquema foram presas pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo a Fazenda, todos foram soltos posteriormente.

Ao todo, 24 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além de na região Norte do estado, no Rio Grande do Sul e no Paraná. Foram apreendidos bens e mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro com suspeita de lavagem.

Até 2015, o valor estimado em prejuízos chegava a R$ 50 milhões, mas foi superado após auditoria. Suspeitos de participar das fraudes foram abordados no transporte e entrega de bebidas sem documentos fiscais ou com notas fiscais emitidas por empresas de fachada.

 

G1