Dicas

Dicas 16/11/2015

16 Nov 2015 - 16h27
A JANTA ESTÁ NA MESA.

Janta é palavra de sabor popular; a língua possui jantar: o jantar, sala de jantar.

Ex.: A que horas será o jantar?

 

PRIMEIRA MOEDA DE PRATA
Há 2 mil anos, na Lídia, um pequeno país da Ásia Menor, alguém iniciou a cunhagem da moeda, em ouro, prata, cobre, bronze e outros metais. Outros países copiaram e aperfeiçoaram o sistema. Grécia e Roma colocaram símbolos nacionais nas moedas. A primeira moeda de prata de valor e peso definidos surgiu no século VII a.C. na ilha grega de Egina.

 

DE UM DIA PARA O OUTRO OS CABELOS SUJAM.

Não são apenas os cabelos que se sujam de um dia para o outro;

muitas vezes a língua também se suja um pouco ...

Como se percebe, o verbo é sujar-se (tornar-se sujo), e não simplesmente sujar.

Agora, para que tudo se limpe:

O chapéu se sujou logo ao primeiro dia de uso.

 

DE ONDE VÊM OS SONHOS?

Uma pessoa acordada usa a consciência para tomar decisões e agir. Ela é a parte do cérebro que convive e atua no dia-a-dia. Entre os vários níveis da consciência, existe o subconsciente. Ele, além de guardar as memórias pessoais, também é o responsável pela criação dos sonhos. Durante o sono, o subconsciente formula histórias para se comunicar com o consciente.

 

POR QUE SÃO JORGE NÃO É SANTO?

São Jorge de Capadócia é venerado em todo o mundo como protetor das donzelas e dos oprimidos. Também é patrono de dois países: Inglaterra e Portugal. Apesar disso, ele não faz parte do martiriológio (lista de todos os santos) da Igreja Católica porque faltam provas contundentes de que tenha realmente existido.

 

VAQUINHA DE PRESÉPIO

Vamos atender as milhões de famílias, disse Lula em discurso inflamado.

Ninguém acreditou. Por quê? Milhão é palavra masculina. Artigos, adjetivos e numerais não têm saída. Vaquinhas de presépio, vão atrás. Concordam com milhão em gênero e número: Vamos atender os milhões de famílias. O governo quer criar um milhão de empregos no campo. Falou em absurdos dois milhões de crianças desnutridas.

 

POR QUE OS URUBUS NÃO FICAM DOENTES QUANDO COMEM CARNE PODRE?

É porque eles têm anticorpos que os protegem e os tornam mais resistentes do que outras aves. Mesmo assim, o urubu pode se dar mal se ingerir algum produto químico ou bactéria contra a qual não possua a defesa natural.

 

SE ELA, QUE É MULHER, NÃO GOSTA DE HOMEM, QUE DIRÁ EU!
Que dirá eu é brincadeira de mau-gosto:
Se ela, que é mulher, não gosta de homem, muito menos eu!
Pode ser usado ainda que se dirá de mim! e também quanto mais eu, mas que dirá eu! é asneira.

 

QUANTOS DECIBÉIS TEM O CHORO DE UM BEBÊ?

O choro dos bebês pode ter diferentes intensidades. Isto é determinado pelo desejo, estado de espírito, queixa e até personalidade da criança. Algumas mães dizem ser capazes de identificar o que o bebê pretende expressar apenas pela tonalidade do choro. O choro baixinho, comparável ao resmungar, pode ter menos de 30 decibéis. Já o choro de altura semelhante a uma conversa de adultos está na faixa dos 70. Um choro muito estridente pode superar os 90 decibéis.

 

TALEBAN, TALIBÃ, TALIBAN?
Santo Deus, ou por Maomé?! Que confusão danada a imprensa está fazendo. Devemos sempre preferir as formas aportuguesadas. Ao menos deveríamos agir assim. Logo, prefira Talibã.

Em primeiro lugar, não existe uma forma rígida para a preferência desse I, trata-se de uma tendência das línguas latinas, no momento de converter o E original, transforma-se em I.

Em segundo lugar, a nasalização final em Português é com TIL. Vejamos os exemplos de Maracanã, satã, maçã e sutiã. Não escreveríamos Maracanan, satan, maçan.

Assim, aquele grupo das moças saúvas, o Tchan, ao menos deveria ser Tchã. Trata-se de equívoco ortográfico. Não estéticos é claro.

 

POR QUE AS PESSOAS TÊM CHULÉ?

Mesmo sem chulé, o pé tem um cheiro característico. Todos os animais produzem certas substâncias no corpo que exalam odor, são os feromônios. Eles servem para identificar o indivíduo e, em certos animais, como forma de atração do sexo oposto. O chulé aparece quando a pele dos pés é atacada por micróbios (plantas ou animais microscópicos) que acabam agindo juntamente com o suor do corpo.

 

A PONTO DE / AO PONTO DE

Aqui estão duas expressões similares, porém com sentidos completamente diferentes. Quando equivaler a prestes ou próximo a, na iminência de, de tal modo que, usaremos a ponto de, como nos exemplos:

O empresário endividou-se tanto, que chegou a ponto de pensar em falência.

O diretor esteve a ponto de perder o cargo.

A mãe chegou a ponto de perder a paciência.

Já, ao ponto de só deve ser usado quando se tratar apenas de um substantivo, como nos casos a seguir:

Os turistas voltaram ao ponto de partida. (ao local inicial)

Após cinco minutos, a água ainda não tinha chegado ao ponto de ebulição. (temperatura em que a água começa a ferver)

Sempre que almoçava naquela churrascaria, pedia filé ao ponto. (medianamente cozido)

 

MÃE
Do latim mater, mãe. A crônica policial, porém, ainda insiste em certas excrescências vocabulares e utiliza outro vocábulo para designar a mãe do elemento, que é sempre a genitora. Em outras línguas neolatinas, originalmente dialetos do latim, o vocábulo é semelhante, de que são exemplos madre, em espanhol e italiano. Muitas línguas do mundo pronunciam o vocábulo equivalente a mãe com o fonema incial lembrando o início de todos os citados, de que são exemplos:  mother, em inglês;  mutter, em alemão; mère, em francês; mama, em suaíli; mitir, em grego; mat, em russo; e mu, em chinês.

 

O QUE É ILUSÃO DE ÓTICA?

Nem sempre nossos olhos retratam fielmente a realidade. Na verdade, é nosso cérebro que interpreta as coisas de forma um pouco distorcida de vez em quando. Ele também pode completar imagens onde faltam peças e o resultado fica esquisito. Isso são as ilusões de ótica.

 

ESTA ARMANDO CHUVA.

O verbo é armar-se, e não simplesmente armar, quando significa preparar-se (falando de fenômenos da natureza). Portanto:

Está se armando chuva.

Uma tempestade se armou rapidamente: tivemos de retornar.

Quando se armavam tufões naquela região, era catástrofe na certa.

 

POR QUE OS MENINOS ARROTAM COM MAIS FACILIDADE?

Eles treinam tanto para arrotar que podem acabar ficando com um problema chamado hérnia do hiato - uma ponta do estômago é puxada pelo canal do esôfago e o ar fica preso. Por isso, conseguem arrotar na hora que bem entendem. Em longo prazo, a hérnia de hiato pode causar inflamação no esôfago, crises de falta de ar e dificuldade para engolir alimentos sólidos.

 

XIS DA QUESTÃO
Ninguém pode ignorar a lei. Nem a forma de escrever o texto que manda em todos nós. Atenção ao emprego da vírgula. Às vezes, o sinal aparece. Outras vezes, nem dá as caras.

O xis da questão é a referência. Se ela obedecer à ordem crescente (do menor para o maior), a vírgula não tem vez. Caso contrário, é presença obrigatória:

Inciso II do parágrafo 3º do artigo 5º da Constituição Federal, art. 5º, parágrafo 3º, inciso II

Olhe o xilindró! Misturar é proibido. Siga do começo ao fim a ordem crescente ou a decrescente.

 

POR QUE BRASÍLIA É A CAPITAL DOS CONCURSOS
Dizia a manchete. Muitos leitores estranharam. Queriam um ponto de interrogação no fim da frase. Mas o ponto não existe. E o texto está certinho.

Trata-se do emprego sofisticado do porquê separado. A duplinha aparece a torto e a direito. JK escreveu o livro Por que construí Brasília. O governo divulga a campanha Por que se vacinar. O vestibulando recebe as instruções Por que o lazer é importante.

No duro, o porquê separado sem estar em pergunta brinca de esconde-esconde. A expressão ‘‘a razão pela qual’’ está oculta na frase. Veja o truque do gozador:

Por que (a razão pela qual) Brasília é a capital dos concursos.

Por que (a razão pela qual) construí Brasília.

Por que (a razão pela qual) se vacinar.

Por que (a razão pela qual) o lazer é importante.

Às vezes, a palavra razão & similares — motivo, causa — estão presentes. Não importa. O porquê permanece separado: Descobri a razão por que (pela qual) Brasília é a capital dos concursos. Ele não disse o motivo por que (pelo qual) chegou atrasado.

É isso. Junto ou separado? Na dúvida, recorra ao tira-teima. Se o porquê puder ser substituído por ‘‘a razão pela qual’’, não duvide. É um para lá. Outro para cá.

O outro caso

O outro emprego do porquê separado? É fácil como tirar pirulito de bebê. A gente o aprende na escola. E não esquece. Usa-se por que nas perguntas diretas. Trocando em miúdos: nas frases em que aparece o ponto de interrogação: Por que os índios mataram garimpeiros em Rondônia? Por que JK construiu Brasília? Por que dia 21 de abri é feriado?

O interrogativo adora bater pernas na oração. Cuidado com as idas e vindas do passeador. Quando for a última palavra do período (a última mesmo), ele ganha acento: Os índios mataram garimpeiros em Rondônia por quê? JK construiu Brasília por quê? Dia 21 de abril é feriado por quê?