Agressão

Delegados de SC terão preparação para atender casos de homofobia

02 Mar 2017 - 12h40
A Polícia Civil de Santa Catarina, a partir desta quinta-feira (2), vai fazer uma preparação para policiais e delegados para atendimento de casos de homofobia. Uma resolução do ano passado da instituição determinou que as delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) também atendam esse tipo de agressão.


Neste carnaval, Santa Catarina registrou pelo menos dois casos de homofobia, ambos em Florianópolis. No sábado (25), uma jovem fez boletim de ocorrência dizendo que levou um soco após tentar defender um casal de amigas. Na segunda (27), um homem foi à delegacia para registrar que foi agredido após beijar um amigo durante o ensaio de uma escola de samba.

A coordenadora estadual das DPCamis, Patrícia Zimermann, disse que o policial que se negar a fazer o registro de homofobia deve ser denunciado.

"Nós temos que identificar quem são essas pessoas, para conversar com elas e capacitá-las para um melhor atendimento. Então é por isso que a gente precisa identificar o servidor e conversar com o policial civil".

Dificuldades nas delegacias
O código penal brasileiro não prevê a homofobia como um crime. As vítimas, muitas vezes, sofrem em silêncio ou não encontram ajuda nas delegacias.

Foi o caso de um rapaz que  não quis ser identificado. Ele caminhava na calçada quando outro homem apareceu e o agrediu com nove golpes de barra de ferro. "A tentativa dele era acertar a minha cabeça. Se eu não tivesse levantado o meu braço, erguido o meu braço, ele teria acertado na minha cabeça", relatou a vítima.

Eles nunca tinham se visto antes, mas o rapaz namorava o irmão do agressor, que não aceitava o relacionamento dos dois. Na hora de registrar o crime em uma delegacia de São José, na Grande Florianópolis, ele relatou ter encontrado dificuldades.

 

G1SC