Tabela

Cidades de SC perdem posições no ranking de qualidade dos serviços públicos

06 Mar 2017 - 14h10
Maiores cidades do Estado, Joinville, Florianópolis e Blumenau perderam posições em um ranking que mede a qualidade dos serviços prestados à população. A informação faz parte do estudo Desafios da Gestão Municipal, feito pela Macroplan Prospectiva Estratégia & Gestão com dados de 2005 e 2015. Foram avaliadas as 100 maiores cidades do país – com mais de 266 mil habitantes – sob indicadores divididos em quatro áreas: educação e cultura, saúde, segurança e saneamento e sustentabilidade.

A Capital catarinense continua como a cidade mais bem posicionada do Estado, porém caiu da oitava posição geral para a 17ª. Blumenau vem em seguida, descendo do 22º lugar para o 27º. Já Joinville foi da 23ª posição para a 33ª. Na prática, os três municípios catarinenses obtiveram uma melhora no índice base da pesquisa, porém o ritmo foi menor do que as líderes do ranking, na maior parte cidades do interior de São Paulo e do Paraná.

Florianópolis, Joinville e Blumenau ganharam posições no quesito educação, mas o movimento foi no sentido inverso na saúde. Nesse item, Florianópolis liderava em 2005, porém caiu para a nona colocação nacional 10 anos depois. Joinville era a vice-líder e teve um ritmo menor de queda, passando para a oitava colocação. Na segurança, o destaque positivo fica para Blumenau, que, apesar de ocupar a 14ª colocação geral, tem o menor índice de homicídios para cada 100 mil habitantes entre as cidades pesquisadas.

Na outra ponta, as principais cidades catarinenses estão na parte de baixo da tabela quando o assunto é infraestrutura e sustentabilidade, o que inclui saneamento. A pior situação é a de Joinville, com o 76º lugar, o segundo pior do Sul do país. Segundo o professor de administração pública Leonardo Secchi, pro-reitor de planejamento da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), a perda de posições das cidades catarinenses no ranking geral pode ser explicado pelo fato de já estarem em um patamar mais elevado nos levantamentos anteriores.

O período analisado pelo estudo foi de grande aumento das receitas das prefeituras. Apesar disso, a maioria apresentou avanços tímidos nos indicadores. Segundo Gláucio Neves, um dos coordenadores do estudo, houve aumento real de 20% do dinheiro que entra, porém o custeio cresceu igual. Por isso, os desafios são maiores para os prefeitos que assumiram em janeiro.

 

AN Notícias