Assassino confesso de Claudiane Sala deve ser julgado nesta terça-feira

Menos de um ano após a morte da estudante Claudiane Salla Belarmino, 15 anos e exatos sete meses e 11 dias após ser preso, Gilberto Ludvichak irá para o banco dos réus no Fórum da Comarca de Guaramirim nesta terça-feira (25). Acusado por homicídio doloso, o réu - cunhado da vítima - irá a júri popular, segundo informações disponíveis no portal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). O julgamento já deveria ter ocorrido no dia 18 deste mês, mas foi cancelado.

O crime ocorreu no dia 22 de setembro do ano passado, quando Claudiane saiu de casa para ir a escola e não foi mais vista. Em entrevista no dia seguinte à prisão do assassino confesso, o delegado Eric Uratani, responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Jaraguá do Sul, afirmou que Gilberto levou Claudiane para um motel e tentou manter relações sexuais com a adolescente, que recusou. Revoltado, ele afirma ter agredido a jovem, empurrando-a contra um degrau. A agressão causou um ferimento grave na cabeça de Claudiane, que morreu no local.

Com medo de ser descoberto, Gilberto pegou o corpo da jovem e levou até o bairro Caixa D'Água, onde o corpo foi encontrado seis dias depois da morte, com as pernas carbonizadas. O réu nega, até hoje, que tenha ateado fogo no corpo, localizado em avançado estado de decomposição.

O caso gerou revolta na região, já que o assassino era cunhado da vítima, tendo ajudado a carregar o caixão de Claudiane no dia do sepultamento, em Guaramirim. Desde a prisão, em novembro do mesmo ano, Gilberto está no Presídio Regional de Jaraguá do Sul, aguardando julgamento.

A defesa do réu deverá ser feita pelos dois advogados que o acompanharam durante o processo: Marcos Andre Kohler Calazans de Araujo, de Jaraguá do Sul e Dagoberto Azevedo Bueno Filho, de Joinville. A acusação, feita pelo Ministério Público, deve ser sustentada pela promotora Graziele dos Prazeres Cunha. Esta é a segunda sessão do Tribunal do Júri do Fórum de Guaramirim neste ano e deve ser presidida pela magistrada Fabíola Duncka Geiser.