INTERNACIONAL

Turistas que conseguiram voltar relatam zona de conflito

26 Fev 2019 - 08h00Por Luiz Raatz e Felipe Frazão, enviados especiais

Os turistas brasileiros retidos na Venezuela conseguiram voltar ao País em picapes com a escolta da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), disse na segunda-feira, 25, ao jornal O Estado de S. Paulo o geólogo e guia turístico Alexander Cordero, de 46 anos, que acompanhou o grupo na viagem.

Os guias sabiam da tentativa de entrada da ajuda humanitária, mas não tinham notícias diárias por falta de conectividade na montanha. "Quando baixamos do Monte Roraima, há quatro dias, fomos para o consulado, porque não podíamos passar para o Brasil. Havia tiroteios, bombas de gás lacrimogêneo. Tivemos de circundar a zona de conflito, caminhando por mais 3 horas", disse Cordero, que trabalha para agências e operadoras de Boa Vista. "Os turistas estavam felizes, mas quando viram tudo, uma começou a chorar e eles ficaram estressados."

Segundo ele, o grupo conseguiu uma autorização especial de autoridades chavistas para atravessar a fronteira na noite de domingo. Cordero, que é venezuelano, foi barrado e teve de voltar ao Brasil por trilhas abertas na mata. A reportagem o encontrou quando ele caminha numa das trilhas. Ele percorreu um trajeto mais longo, de 5 horas, para escapar dos militares venezuelanos.

Cordero afirmou que o vice-cônsul do Brasil em Santa Elena de Uairén, Ewerton Oliveira, negociou com o comandante da GNB na fronteira a liberação da passagem. Oficiais do Exército também vinham negociando a passagem dos turistas.

Segundo eles, 25 mochileiros voltaram ao País no domingo. Todos brasileiros. Uma japonesa ficou retida na Venezuela. Sem assistência consular, ela não tinha garantias de que passaria da fronteira e abrigou-se na casa de um funcionário do consulado brasileiro em Santa Elena de Uairén.

Segundo oficiais do Exército brasileiro, há uma diminuição da tensão na fronteira, com aberturas pontuais do bloqueio para a passagem de brasileiros. As tratativas também envolvem um grupo de 30 caminhoneiros retidos na Venezuela - 21 carretas estão recolhidas em um pátio da aduana venezuelana.

Segundo o caminhoneiro brasileiro Junior Vieira, a GNB permite a passagem pela mata para tomar banho e comprar mantimentos no Brasil. Eles, porém, retornam à Venezuela para dormir nos caminhões. "Eles já nos conhecem, então fica mais tranquilo", disse Vieira. Os motoristas têm reclamado dos venezuelanos radicados em Pacaraima, que provocaram confrontos com militares chavistas, aumentando a tensão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Matérias Relacionadas

Geral

Kate Middleton anuncia estar em quimioterapia, após descobrir câncer

Princesa se submeteu a uma cirurgia abdominal em janeiro
Kate Middleton anuncia estar em quimioterapia, após descobrir câncer
Segurança

Robinho chega ao presídio de Tremembé após ser preso por estupro coletivo na Itália

Nesta semana o Superior Tribunal de Justiça decidiu que o ex-jogador deve cumprir no Brasil a pena de 9 anos de prisão. A sentença foi definida pela Justiça da Itália, onde o ex-jogador foi condenado
Robinho chega ao presídio de Tremembé após ser preso por estupro coletivo na Itália
Segurança

STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil

Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo
STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil
Economia

Inadimplência do consumidor aumenta em janeiro, após 2 meses de queda

Número de inadimplentes chegou a 72,07 milhões, segundo a Serasa
Inadimplência do consumidor aumenta em janeiro, após 2 meses de queda
Ver mais de Mundo