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INTERNACIONAL

Mais 2 milhões de venezuelanos deixarão o país em 2019, alerta ONU

14 Dez 2018 - 05h30Por Jamil Chade, correspondente

A crise na Venezuela pode levar mais 2 milhões de venezuelanos a deixar o país em 2019, fazendo com que o total de refugiados chegue a 5,3 milhões. Os dados são da ONU que lançará hoje em Genebra um apelo mundial por recursos para atender ao fluxo de refugiados e imigrantes venezuelanos.

Essa é a primeira vez que a entidade coloca a situação como uma crise humana. Até agora, segundo dados oficiais, cerca de 3,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela, muitas fugindo da fome, da crise no setor de saúde, da violência e do desemprego. Mas o fluxo ganhará força em 2019.

No início do mês, a ONU indicou que pretendia pedir ajuda de Europa, EUA e outros países ricos para impedir que o fluxo desestabilize a América do Sul. A avaliação é de que os países do continente já esgotaram seus recursos para lidar com a crise e, diante de milhões de deslocados, o temor é o de que a crise e a violência se proliferem e aumente a reação xenófoba contra os venezuelanos.

Para impedir este cenário, a ONU precisa de US$ 736 milhões para ajudar os países vizinhos da Venezuela, um valor que já supera o que custará em 2019 as crises humanas na Líbia, Afeganistão ou Iraque. No total, 2,2 milhões de venezuelanos serão atendidos, além de outros 600 mil cidadãos de países fronteiriços.

A entidade anuncia nesta sexta-feira, 14, o plano para lidar com o êxodo de refugiados e de imigrantes venezuelanos. O evento com algumas das principais agências da ONU tentará convencer doadores internacionais a resgatar os países da região.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, um dirigente de alto escalão da ONU admitiu que alertou a Casa Branca de que, sem uma solução para a Venezuela e sem recursos nos países limítrofes, o êxodo de venezuelanos não demorará para seguir para os EUA. Na prática, isso colocaria ainda mais pressão sobre o governo de Donald Trump e sua política migratória restritiva.

Uma das opções, portanto, seria garantir recursos para que alimentos sejam comprados e essa população em fuga possa ser atendida na América do Sul, antes que ela se dirija rumo ao norte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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