INTERNACIONAL
Líder do EI aparece em imagens de vídeo pela 1ª vez em 5 anos
O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, reapareceu na segunda-feira, 28, em vídeo divulgado na internet, que enaltece os suicidas que mataram mais de 250 pessoas no Sri Lanka no Domingo de Páscoa e alerta que seu grupo continuará lutando até o "Dia do Julgamento".
Foi a primeira vez que Baghdadi exibiu seu rosto falando aos seus seguidores em cinco anos, desde que proclamou o califado em Mossul, no Iraque, em 2014. Desde então, apenas tinham sido divulgadas poucas mensagens de áudio do líder - a última, em agosto.
O vídeo de 18 minutos foi divulgado pelo EI e distribuído pelo Grupo de Inteligência SITE. O autoproclamado "califa" aparece sentado no chão, sobre almofadas e com as pernas cruzadas, com a cabeça coberta por um lenço preto.
Ao seu lado é possível ver um fuzil apoiado na parede, além de outros terroristas. Baghdadi, de 47 anos, exibia uma longa barba grisalha e falava devagar, muitas vezes parando por alguns segundos no meio de suas frases.
O terrorista afirma que "a batalha do Islã contra os cruzados é longa", apesar da derrota do grupo na Síria, em março. A cidade síria de Al-Baghuz foi o último reduto do EI no país e a expulsão dos terroristas pôs fim ao autoproclamado califado.
"A batalha de Al-Baghuz terminou, e nela ficou evidente a barbaridade dos cruzados contra a nação muçulmana, ao mesmo tempo em que ficou evidente a paciência e a coragem da nação muçulmana, que arrancou o coração dos cruzados", declarou Baghdadi, olhando para seus acompanhantes, e não para a câmera.
Exibição
Apesar de perder território, o EI tem expandido suas ações pelo mundo, pedindo a seus afiliados que conduzam ataques em diversos locais. Os atentados a bomba no Sri Lanka foram um dos mais mortais do grupo e causaram quase duas vezes mais mortes que os atentados de Paris, em 2015.
O vídeo pareceu ser um esforço do líder para mostrar que, apesar da derrota do grupo, ele ainda está ativo. Baghdadi fez referências às eleições em Israel e a queda dos homens fortes do Sudão e da Argélia. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.