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INTERNACIONAL

Irã quadruplica enriquecimento de urânio não destinado a armas

21 Mai 2019 - 07h10

A Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI) anunciou que quadruplicou a produção de urânio enriquecido e garantiu que, em algumas semanas, ultrapassará o limite de 300 quilos estipulados no acordo nuclear de 2015.

O porta-voz da OEAI, Behrouz Kamalvandi, citado pela agência oficial Irna, disse que o aumento da capacidade de produção de urânio com nível de enriquecimento de 3,67% é uma mensagem aos demais integrantes do pacto nuclear.

"A República Islâmica do Irã, com as mesmas centrífugas, é capaz de aumentar sua produção e, com as medidas dos especialistas da indústria nuclear, não levará muito tempo até superar o limite de produção de 300 quilos", afirmou.

De acordo com o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês), o Irã pode enriquecer urânio a 3,67% e com limite de 300 quilos, com excedentes sendo enviados ao exterior. No entanto, no dia 8, um ano depois da saída dos EUA do pacto, o presidente iraniano, Hassan Rohani, anunciou que o Irã não venderá os excedentes de produção de urânio enriquecido e de água pesada para outros países.

Rohani deu, além disso, uma moratória de 60 dias aos outros signatários do acordo (Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) para resolverem as atuais restrições ao sistema bancário iraniano e às exportações de petróleo.

Caso os interesses do Irã não fossem garantidos nesse prazo, o presidente advertiu que também não cumpriria com o limite de enriquecimento de 3,67%.

Por sua vez, Kamalvandi afirmou que a cooperação com a Rússia e com a China "avança bem", mas os europeus não fizeram o suficiente para resistir às sanções impostas pelo governo americano contra o Irã após a saída do acordo. Quanto a um eventual aumento do nível de enriquecimento, ele antecipou que o Irã tem a capacidade necessária para fazê-lo.

Citando o chefe da OEAI, Ali Akbar Salehi, Kamalvandi disse que "em quatro dias" o país pode começar a enriquecer urânio a 20%, o nível anterior à assinatura do acordo.

O pacto nuclear de 2015 limita o programa atômico iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais, por isso a retirada dos Estados Unidos e as medidas contra o Irã deixaram o acordo seriamente prejudicado.

Além das sanções, a tensão entre os dois países aumentou no plano militar no Golfo Pérsico. O presidente americano, Donald Trump, advertiu ontem que, se o Irã quiser lutar contra os EUA, sofrerá seu "fim oficial".

As tensões entre Washington e Teerã cresceram a ponto de os EUA enviarem um porta-aviões, um navio de guerra, aviões bombardeiros B-52 e uma bateria de mísseis Patriot para a região para enfrentar as ameaças iranianas. O chanceler iraniano, Mohamed Javad Zarif, afirmou, no sábado, que não haverá guerra no Oriente Médio, já que o Irã não deseja um conflito. (Com agências internacionais)

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