INTERNACIONAL

Indicado por Cristina Kirchner acelera negociações com peronistas

21 Mai 2019 - 09h58

Alberto Fernández, indicado pela ex-presidente Cristina Kirchner para ser cabeça de chapa dos peronistas na eleição presidencial de outubro, intensificou nesta segunda-feira, 20, o diálogo com facções dissidentes do partido. Fernández conversou com ao menos oito governadores peronistas que romperam com a ex-presidente em busca de apoio na disputa contra o presidente, Mauricio Macri.

No fim de semana, Cristina, que também é senadora, surpreendeu a todos ao indicar Fernández para chefiar os peronistas. A senadora, que liderava as pesquisas, ocuparia a vice-presidência. Às vésperas do primeiro julgamento da senadora, a movimentação de Fernández, conhecido por ter um perfil pragmático e conciliador, foi bem recebida. Segundo o jornal Clarín, ao menos seis governadores fizeram manifestações públicas de apoio.

Nesta segunda, o gabinete de Macri se reuniu na Casa Rosada para discutir a novidade. Após o encontro, o ministro da Educação, Alejandro Finocchiaro, criticou a chapa. "Alguém duvida que Cristina é quem tomará as decisões? Não se pode subestimar o eleitor", disse.

Fernández, que foi chefe de gabinete de Cristina, nega que será um "fantoche" da ex-presidente. "Muitos diziam que eu exercia uma grande influência sobre ela, mas agora acham que sou um fantoche. Não sou nem uma coisa nem outra", afirmou Fernández.

A articulação da chapa de Cristina provocou reações dos outros pré-candidatos peronistas críticos ao kirchnerismo. O ex-ministro da Economia Roberto Lavagna tornou pública sua pré-candidatura à presidência após semanas de rumores nos bastidores.

"Serei o candidato do consenso", prometeu o ex-ministro. Lavagna e os outros três pré-candidatos da Alternativa Federal - nome da vertente de centro-direita do peronismo - devem se reunir entre hoje e amanhã para discutir o futuro do bloco.

Debandada

Nesta segunda, no entanto, vários governadores já começaram uma debandada, mostrando que o movimento de Cristina começa a dar resultados. Analistas acreditam que a grande força da coalizão - o número de governadores que apoiavam o grupo, deve ruir graças às articulações de Fernández e à manobra da ex-presidente.

Em paralelo, Sergio Massa, um antigo aliado de Fernández, também estaria articulando uma frente peronista contra Macri. De acordo com o jornal La Nación, Massa se reunirá entre esta terça e quarta-feira com vários governadores para discutir o apoio à chapa peronista Fernández-Cristina.

Mesmo dentro da Alternativa Federal, a avaliação é a de que, se Massa aderir à chapa kirchnerista, a aliança proposta por Lavagna ficaria em uma posição bastante complicada. Massa foi o terceiro colocado nas eleições presidenciais de 2015.

Analistas e consultores interpretaram a manobra de Cristina como uma tentativa de ganhar o voto do centro e dos eleitores moderados - o que a ex-presidente teria dificuldades de obter se estivesse concorrendo sozinha.

Ao Clarín, o analista Sergio Berensztein disse que Cristina conseguiu recuperar a iniciativa e mudar o cenário político. "Macri precisava que ela fosse cabeça de chapa, para manter sua retórica anti-Kirchner e reduzir a insatisfação com a crise econômica." (Com agências internacionais).

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