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Vacinação contra poliomielite é adiada para setembro

05 Jul 2016 - 12h58
A Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite neste ano será feita em setembro e com um novo formato, bem mais reduzido do que em anos anteriores. Em vez de vacinar todas as crianças entre seis meses e cinco anos com o imunizante oral, a "gotinha", a meta agora será atender apenas o grupo desta faixa etária que não está com o esquema vacinal completo.

A vacina contra poliomielite deve ser dada em cinco doses. Três delas são injetáveis e devem ser aplicadas aos dois, quatro e seis meses. A "gotinha" deve ser dada como reforço, aos 15 meses e quatro anos. De acordo com a pasta, somente quem não estiver com esse esquema completo deve receber uma dose no posto, no dia da campanha.

O Ministério da Saúde atribuiu a mudança na indicação da vacina a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta do governo é erradicar o uso da vacina oral até 2020. Como a tarefa exige uma adequação tanto do sistema de produção de vacinas quanto dos postos de imunização, a estratégia adotada foi fazer a mudança de forma gradual.

A data da Campanha de Vacinação mais enxuta também foi alterada, passando de agosto (como é a tradição no país) para setembro. O Ministério da Saúde alegou que a mudança no calendário teria sido uma estratégia para evitar que a campanha, que todos os anos mobiliza grande número de pessoas em todo o Brasil, fosse prejudicada em razão dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Na semana passada, no entanto, integrantes do próprio Ministério da Saúde afirmaram que o produtor da vacina, o laboratório Biomanguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, teria atrasado a produção do imunizante. Oficialmente, a pasta afirma que o novo cronograma para produção da vacina não foi um fator determinante para a escolha do mês de setembro para a campanha.

Sem efeito

O Ministério da Saúde afirmou ainda que a mudança não traria nenhum efeito negativo para as crianças. O Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem em 1994. O último caso da doença registrado no País foi em 1990.

Embora não haja casos no Brasil, a vacinação precisa ser mantida, pois o vírus continua a circular em outras partes do mundo. Especialistas planejam erradicar a doença até 2018.

Além da redução da indicação do uso da "gotinha", o Ministério da Saúde recomendou que a Campanha de Vacinação deste ano estenda o público-alvo e reforce a mobilização para atualizar a vacinação de crianças entre 9 e 14 anos.

A troca de vacina contra poliomielite pela injetável, que já vem ocorrendo em alguns países, é recomendada pelo fato de ser mais segura: ela é produzida com vírus morto. A Sabin, por sua vez, é feita com vírus atenuado — o que traz um risco de a criança desenvolver a doença, chamada pólio vacinal. O risco, no entanto, é muito baixo diante das 450 milhões de doses da vacina aplicadas.

 

 

Agência Brasil

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