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Uruguai pede dados de mortos durante ditadura no Brasil

28 Fev 2012 - 20h24

O Uruguai se prepara para solicitar ao governo brasileiro arquivos sobre uruguaios mortos e desaparecidos no Brasil nos anos da ditadura militar. A revelação foi feita na segunda-feira ao jornal O Estado de S. Paulo pelo ministro de Relações Exteriores do uruguaio, Luis Almagro, em Genebra. 

Segundo Almagro, as investigações em Montevidéu já indicaram o desaparecimento de uruguaios em vários países da região, inclusive no Sul do Brasil.

- Precisamos ir no sentido contrário ao que os países da região fizeram nos anos da ditadura quando criaram a Operação Condor. Agora, precisamos ir no sentido inverso e usar o fato de que somos democracias para contribuir justamente na troca de informações - afirmou o uruguaio.

O chanceler admitiu que já há casos identificados de uruguaios que desapareceram no Paraguai e diz que também vai pedir esclarecimentos àquele país. O Uruguai tem sido um dos líderes na busca por informações e abertura de investigações sobre sua ditadura, que durou de 1973 a 1985. O presidente José Mujica, ex-guerrilheiro, conseguiu mudar a legislação para tornar os delitos imprescritíveis.


A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, já indicou que o país está disposto a oferecer as informações que serão solicitadas pelos uruguaios. Na segunda, na ONU, ela garantiu que haverá "transparência plena" sobre os documentos, mas não disfarçou o mal-estar ao ser questionada sobre a carta enviada por militares criticando sua postura em relação a como tratar o passado.

Polêmica

Na plenária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a ministra adotou um tom firme de compromisso do governo em lidar com seu passado.

- Em seu primeiro ano de governo, a presidente Dilma Rousseff honrou o compromisso fundamental com a democracia e os direitos humanos. Sancionou a lei que cria a Comissão da Verdade e a Lei Geral de Acesso à Informação, estabelecendo condições para a investigação de graves violações perpetradas pelo Estado e a transparência plena de documentos públicos - disse.

Ao deixar o local, no entanto, a ministra não escondeu como o tema ainda é sensível. Ao ser questionada sobre quais seriam os próximos passos da comissão, foi evasiva. - Eu não tenho essas informações. Estamos trabalhando, estamos preparando os caminhos - afirmou Maria do Rosário, que se recusou a comentar a carta enviada neste mês por clubes militares brasileiros que a criticaram por sua posição sobre a Lei da Anistia.

DIÁRIO CATARINENSE.

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