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HPV

Setembro é o mês da segunda dose da vacina contra o HPV

01 Set 2015 - 19h00

Aquelas que ainda não se vacinaram devem procurar uma unidade de saúde e iniciar o esquema de imunização. No total, três doses devem ser aplicadas. A próxima será cinco anos após a segunda. A vacina é a principal forma de prevenção contra o câncer de colo do útero, doença que mata cerca de oito mil mulheres por ano no Brasil.


A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) recomenda que pais e responsáveis orientem suas filhas sobre a vacina, já que essa intensificação de rotina é muito importante para que elas fiquem protegidas na idade adulta. As meninas não necessitam, no entanto, de autorização ou acompanhamento dos pais nos postos de saúde. Basta que apresentem um documento de identificação ou a carteira de vacinação.

“Recebendo a segunda dose, seis meses após a primeira, a menina já apresenta imunidade contra os quatro principais tipos de vírus HPV causadores do câncer de colo de útero”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização da Dive, Vanessa Vieira da Silva. “Ao contrário, apenas com uma dose, elas não estão protegidas”, completa.

Em 2015, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para a vacinação, incluindo também as meninas de nove e de dez anos. Até então, eram imunizadas contra o HPV apenas as meninas entre 11 e 13 anos.

A meta da Secretaria de Estado da Saúde é atingir uma cobertura vacinal de, no mínimo, 80% do total de 146.961 meninas dessa faixa etária em Santa Catarina. Na primeira dose, entre março e julho, apenas 53,21% delas receberam a vacina.

A ação de divulgação da segunda dose da vacina é realizada pela Secretaria de Estado da Saúde em conjunto com as secretarias municipais de Saúde. O objetivo é ampliar o acesso à vacina, que desde 2014 integra o calendário básico vacinal e está disponível nos postos de vacinação durante todo o ano.

Mulheres de 14 a 26 anos

Em 2015, também foram incorporadas como grupo alvo dessa vacina as mulheres de 14 a 26 anos de idade vivendo com HIV/Aids, considerando-se que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores de HIV e da Aids. Essa indicação é reforçada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, sendo que a vacina é uma medida de prevenção primária.

Câncer de colo do útero

O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 tipos diferentes. A vacina distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é do tipo quadrivalente, que protege contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os vírus HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.

Como o HPV é transmitido

A transmissão ocorre por meio do contato íntimo com a pele contaminada. O HPV é altamente contagioso, sendo possível infectar-se com uma única exposição ao vírus. Pessoas infectadas podem não apresentar lesões visíveis e transmitir o HPV sem saber. Apenas da principal via de contágio ser a sexual, o HPV pode ser transmitido esporadicamente por meio simples contato com mão, pele, objetos, toalhas e roupas íntimas contaminadas.

HPV em Santa Catarina

Santa Catarina é um dos estados que tem uma melhor identificação da doença, segundo o médico e pesquisadorEdison Natal Fedrizzi, responsável pelo Centro de Pesquisas Clínicas “Projeto HPV”. “Os três estados do Sul têm o melhor diagnóstico presente nas unidades de saúde. As pacientes identificadas são notificadas com rapidez, o que facilita o tratamento”, completa.


A estatística de Santa Catarina aponta que 700 mulheres são diagnosticadas com HPV, sendo que 300 morrem sem realizar o tratamento indicado, segundo Fedrizzi. Apesar da alta incidência, o câncer de colo de útero pode ser prevenido por meio da vacinação, do uso do preservativo nas relações sexuais e da realização do exame preventivo (Papanicolau). O Ministério da Saúde (MS) recomenda que o exame Papanicolau seja realizado regularmente a partir dos 25 anos de idade.

O HPV no Brasil

No Brasil, esse é o segundo tipo mais frequente de câncer entre mulheres. Cerca de 20 mil novos casos são identificados anualmente, causando oito mil mortes. A cada hora, uma paciente é diagnosticada pelo vírus e, a cada duas horas, uma delas morre em virtude da doença, segundo Edison Natal Fedrizzi.

Fonte: Secom/SC

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